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Mato Grosso, 29 de Março de 2024

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ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO: Reduzir o risco de problemas cardíacos e outras vantagens

É comprovado que tê-los estimula a liberação de endorfinas?

15 de Março de 2020 as 08h 00min

Foto: Divulgação

 

DA REPORTAGEM

 

O reino animal sempre foi um espelho no qual a humanidade se olha para entender o mundo. Os animais estão presentes em mitos ancestrais que explicam a criação do universo, protagonizam nosso pensamento metafórico e até os fizemos falar em bestiários, fábulas, ditados, contos de fadas e distopias orwellianas. Ao observá-los, o ser humano encontrou uma extensa enciclopédia do comportamento: a fidelidade do cão, a nobreza do cavalo, a organização da formiga... Tudo que fazem obedece à certeza de que viver fora do presente é um luxo muito caro. Por isso, usam sua engenhosidade para superar obstáculos, têm a audácia de seguir seu instinto e cuidam daquilo que é importante em cada momento.

A atribuição de qualidades e características humanas aos animais é uma reação inata da psicologia, assim como a tendência de querer interpretar seus pensamentos. Estudos recentes demonstram que desde a infância nosso sistema nervoso responde de maneira preferencial à proximidade de um animal, principalmente a amígdala direita, encarregada de administrar a resposta emocional. Além de louváveis filósofos da experiência, os animais são um ponto de acesso natural e genuíno à intimidade de nossos julgamentos, sensações e hábitos, pois revolucionam nossa química interna com o simples gesto de nos aproximarmos deles e tocá-los. Contemplar o movimento hipnótico dos peixes faz nossa pressão arterial baixar, conviver com um gato reduz o risco de problemas cardíacos − segundo um estudo da Universidade de Minnesota − e acariciar um cão estimula o sistema imunológico. Os animais, com seus movimentos, cor, forma, textura, cheiro, som e calor, ativam, em suma, nossos cinco sentidos. Provocam em nós uma reação afetiva e cognitiva capaz de desbloquear a expressão de sentimentos de angústia. Ou, pelo menos, de apaziguá-los.

Isso não é negligenciado pela psicologia clínica. Tanto a relação afetiva especial que se cria com um animal como o bem-estar diretamente relacionado com ele são um campo de pesquisa ainda jovem. Embora sua companhia se utilizasse intuitivamente em sanatórios e hospitais para reconfortar os doentes, o valor terapêutico não foi estudado sistematicamente até o início dos anos 1950, quando o psiquiatra Boris Levinson percebeu a reação espontânea que seu animal de estimação provocou em uma criança autista na primeira visita a seu consultório.

“Para minha surpresa, não se assustou - em vez disso, abraçou o cachorro e começou a acariciá-lo”, escreveu em seu célebre artigo The Dog as a Co-Therapist (“o cão como coterapeuta”). Levinson entrou no jogo e, graças à sua mascote, conseguiu estabelecer um vínculo com seu paciente.

“O animal de estimação é uma ilha de sanidade no que parece um mundo de loucos”, afirmou. As relações interpessoais se caracterizam pelas expectativas que depositamos nelas, não isentas de decepções e de outros sentimentos negativos complexos, como inveja e ressentimento. Com os animais, pelo contrário, tudo parece mais simples, previsível e consistente, além de gratificante.

Contemplá-los nos devolve o valor da paciência, a importância do momento presente e a idiotice de nos levarmos muito a sério. Acariciar a pelagem de um gato, a carapaça de uma tartaruga ou a crina de um cavalo relaxa e estimula a secreção de endorfinas. E, como se isso não bastasse, o vínculo com os animais é um grande indicador de nosso respeito pelos outros. Kant já dizia que quem é cruel com os animais faz o mesmo com seus pares.

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