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ARTE: Exposição virtual retrata o bairro do Porto de Cuiabá

Projeto Kyvaverá da artista Mari Gemma tem exposição virtual permanente em site

09 de Dezembro de 2020 as 15h 37min

​​​​​​​Exposição retrata bairro do Porto de Cuiabá – Foto: Arquivo Pessoal

CLEMERSON SM

clemersonsm@msn.com

 

Neste atual trabalho a exposição virtual de artes da artista Mari de La Cruz, também conhecida como Mari Gemma, é abordado o Projeto Kyvaverá, um minucioso trabalho desenvolvido com suavidade de delicadeza por conta da artista que retrata as características do bairro do Porto, em Cuiabá.  Este projeto foi contemplado pelo Edital 2019 do Fundo Municipal de Apoio e Estímulo à Cultura da SECEL de Cuiabá, o que possibilitou sua produção.

O Porto é dos mais antigos bairros da capital mato-grossense, e também dos mais tradicionais. Por lá a cidade recebia muitos navios carregados de vinhos, seda, porcelanas, além de mantimentos que abasteciam a cidade logo nos primeiros anos de sua fundação.

Era desse local também que partiam e chegavam os bandeirantes paulistas, vindos pelo rio Tietê para fazer suas expedições no centro-oeste do país.

Por conta dessa tradicional história e da ligação da artista com o bairro, sua obra busca exatamente dar um engajamento e caráter social, resgatando o belo histórico do bairro.

Para a realização do projeto, Mari Gemma conta ainda com uma equipe de profissionais que busca trazer a realidade que muitos insistem em não ver. “Expõem de forma doce e sincera, a realidade que muitos insistem em não ver; a indiferença do povo e o desmazelo explicito da cidade, para consigo mesmo, e suas origens”, explica.

Concentrada em uma plataforma digital, a exibição da obra conta com uma impactante cartografia afetiva; fotolivro digital durante as caminhadas sensíveis.

Há também uma interação online em formato de roda de conversa com convidados (Cadeiras Na Calçada) que através de lives nas redes sociais dialogam sobre as nuances do projeto que se encerram hoje (09).

Ao público que acessar a plataforma digital, há também um mapa da região do Porto, para aqueles que queiram conhecer seu próprio lar, e também para aqueles que se pegam curiosos por conhecer um local de tantas históricas.

“Convido você a mergulhar nestas camadas afetivas onde tempo e espaço se misturam e que representam o olhar de um “pau rodado”, migrante do Sul que fincou raiz e deu frutos, agora oferecidos ao mundo", convida a artista.

Pelo site também é possível acompanhar de forma permanente um videoarte expondo o projeto de forma geral, exibindo as características locais da terra; ademais, além do projeto atual, no mesmo endereço, podem ser explorados outros movimentos e projetos, bem como a biografia da artista e contato. Acesse:  https://marigemma.com/mari-gemma-de-la-cruz .

Para ir direto ao Projeto Kyvaverá basta acessar o seguinte endereço eletrônico: https://marigemma.com/porto-kyvavera .

 

 

MARI GEMMA E O PORTO

Sua relação com bairro do Porto, tema central do projeto, iniciou no ano de 1994 através do “Seu Swat”, raizeiro tradicional, que trabalhava em seu ervanário.

“Na época, meu trabalho estava focado no estudo das plantas medicinais para o Mestrado em Saúde e Ambiente da Universidade Federal de Mato Grosso. Lembro, que o porto e o rio, sentia algo que hoje defino como um estado de numinescência, resultante da contemplação daquelas águas recortadas pelas ilhas, onde do lado de lá eu via as margens cobertas por matas e do lado de cá as barcas, navios, prédios e casarios antigos. Lembro do pôr-do-sol no Guaíba cintilando naquele quase mar de água doce”, relembra.

Duas décadas depois de seu primeiro contato com o Porto de Cuiabá, ao ler os poemas de Luciene Carvalho e Ivens Cuiabano Scaff e começou a estabelecer conexões, localizando no território os versos desses autores.

Em outubro de 2018, os percursos realizados no Porto de Cuiabá a levaram a fazer imagens que mesclassem suas memórias da cidade natal [Porto Alegre] com as memórias do bairro. “Talvez fosse uma forma de amenizar a dor de uma perda anunciada. Eu me encontrava bastante afetada pelo avanço da enfermidade de minha mãe, que já não me reconhecia, vindo a fazer a passagem em dezembro do mesmo ano”, conta.

 

 

HISTÓRICO

Artista visual desde 2013, quando aos 50 anos inicia na fotografia. Nasceu em Porto Alegre (RS) em 1962, vive em Cuiabá há cerca de 30 anos, onde descobriu um olhar que define ser 'biopsicosócioambientalespiritual' e que permeia sua produção artística. Antes, farmacêutica industrial, mestre em Saúde e Ambiente, professora e pesquisadora com foco em plantas medicinais, homeopatia e educação ambiental, passou a frequentar cursos livres e tornar-se imagética.

A partir de 2016, ao realizar cursos com a fotógrafa Jacqueline Hoofendy e em 2018 com o artista em novas mídias Scott MacLeay, desencadeou seu processo criativo, que define ser alquímico. Algo bem significativo para uma farmacêutica que se tornou imagética.

No campo da performatividade, atua com autorretratos e intervenções em espaços urbanos, utilizando objetos encontrados no seu cotidiano ou na natureza para a construção dos cenários, propondo frequentemente metáforas imagéticas.

Tem desenvolvido trabalhos que se movem no campo da cartografia afetiva de territórios, sejam eles internos ou externos, que fornecem componentes psíquicos com interface à sua biografia. 

Os temas que partem de profundas raízes emocionais, muitas vezes estão ligados ao universo feminino e às questões ambientais e sua relação tempo-espaço, entrelaçadas à pesquisa em base de dados científicos e / ou literatura, o que a leva a tecer semelhanças entre o seu microcosmo e a coletividade.

Integra o Coletivo Aruaz de Mulheres Fotógrafas e o Coletivo Literário Maria Taquara, neste último com foco na produção de fotopoemas e poesia experimental. Também atua como curadora independente.

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