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Mato Grosso, 24 de Abril de 2024

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ATLÉTICO-MG: Para se construir um caldeirão, não é preciso esbanjar grana

Com previsão de inauguração para 2022, a casa do Galo segue os passos de alguns grandes clubes do mundo

23 de Abril de 2020 as 09h 00min

Foto: Divulgação

DA REPORTAGEM

 

A felicidade costuma dispensar a ostentação. No país que se rendeu ao canto das arenas luxuosas, o Atlético-MG anunciou o início das obras de seu estádio, que tem custo previsto de R$ 410 milhões. Em comparação com os palcos da Copa de 2014, apenas a Arena das Dunas, erguida do zero, teve custo inferior, além de Beira-Rio e Arena da Baixada (que foram reformados).

Nos últimos anos, outros tradicionais clubes do mundo também optaram por alternativas com custos razoáveis quando levantaram suas casas novas, sem que isso significasse prejuízo ao conforto ou defasagem do projeto. Um dos grandes exemplos é a Juventus de Turim, cuja torcida historicamente clamava pelo milagre da casa própria, pois jamais se habituara totalmente ao Delle Alpi e à divisão de domicílio com o rival Torino.

Inaugurada em 2011, a casa da Vecchia Signora tem capacidade para 40 mil torcedores e custou cerca de R$ 300 milhões (em valores da época). A construção é ecologicamente responsável, moderna e eficiente -- como se, de maneira proposital, o luxo ficasse por conta do extenso cartel de títulos, exaltados à exaustão nas dependências do estádio.

O bafo no cangote também não foi esquecido: em alguns pontos, a distância da arquibancada ao campo é de módicos sete metros. Em 2017, o próprio presidente do Galo na época, Daniel Nepomuceno, afirmou que o estádio do clube italiano serviria de inspiração para a futura arena atleticana.

O gigante uruguaio Peñarol também sentia essa urgência de apresentar ao mundo uma cancha de sua propriedade, por mais que o DNA carbonero esteja para sempre impregnado no mítico Centenário. E foi assim que nasceu o Campeón del Siglo (Campeão do Século), estádio inaugurado em 2016, com capacidade para aproximadamente 40 mil pessoas e custo de US$ 40 milhões (hoje, pouco mais de R$ 200 milhões, e na época era bem menos).

Estádio mais caro da Copa do Mundo 2014, o Mané Garrincha custou cerca de R$ 1,4 bilhão, dinheiro suficiente para que o Peñarol erguesse mais ou menos um Campeón del Siglo para cada bairro de Montevidéu. O paradoxo charrua é que o diferencial da cancha carbonera está exatamente em não se render facilmente às imposições modernas: é um estádio da velha guarda, em forma e espírito, sem requintes ou firulas. Muito alambrado e pouca cadeira, em suma.

Segundo o projeto apresentado, a intenção é que a arena do Galo seja eficiente e moderna, mas sem luxos desnecessários. Além da geração de receitas, argumento sempre preponderante no discurso prévio ao nascimento de grandes obras futebolísticas, é inegável que um estádio representa um forte elemento da personalidade clubística. É o elemento arquitetônico para onde convergem os sentimentos e a sensação de pertencer a uma coletividade.

Durante bastante tempo, mesmo que a massa atleticana peregrinasse junto ao time, o Atlético-MG viveu como inquilino em diferentes CEPs. A inauguração da casa própria deve representar um marco na história do clube, certamente em termos econômicos, talvez até mesmo em conquista de títulos, mas especialmente de identidade.

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