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Quinta Feira, 25 de Abril de 2024

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COLÍDER: Secretarias municipais realizam campanha de prevenção ao uso de drogas nas escolas

Alunos participam de concurso

18 de Setembro de 2019 as 06h 00min

Foto por: Nina Silva

Sérgio Ober

 

As secretarias municipais de Saúde, de Educação e de Assistência Social se uniram e realizam desde julho uma campanha de prevenção ao uso de drogas nas escolas da rede municipal de Colíder. O consumo de bebidas alcoólicas, narguilé e cigarro também é abordado pelas equipes que conversam com os alunos da educação infantil e do ensino fundamental. O objetivo é sensibilizar os jovens sobre os males causados pelo uso de entorpecentes, além de conscientizá-los sobre as melhores escolhas para o seu futuro.

A ação envolve as equipes do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), PSF Central e Centro de Atenção Psicossocial (Caps). A campanha conta ainda com a parceria da Polícia Militar, Alcoólicos Anônimos (AA) e Narcóticos Anônimos (NA).

A estratégia é atuar nas escolas de maneira descontraída para fazer com que as crianças e os adolescentes se sintam motivados para refletir sobre o assunto através de um concurso de desenhos, produção textual e produção audiovisual (VTs). Serão premiados os vencedores de seis categorias. Essa premiação será entregue durante a Rua da Alegria, que será realizada no dia 19 de outubro, na Praça Central.

APRENDER A DIZER NÃO

Conforme a coordenadora do Cras, Márcia Chagas, o consumo de drogas lícitas e ilícitas é um dos alvos da campanha uma vez que a sua redução ajuda a amenizar o sofrimento das famílias. “E esse nosso trabalho quer impedir que isso venha ser agravar e acabe em uma possível tragédia. Queremos proteger as nossas crianças e adolescentes e, também, todos os cidadãos de Colíder”.

Chagas comenta que as drogas estão disseminadas em todas as classes sociais. “Independente de condição econômica, as pessoas não estão livres dessa situação. Por isso, é importante que se aprenda a dizer não às drogas. Dizer não já é um grande passo para a defesa e proteção daquela pessoa que não quer se envolver com o entorpecente. A partir do momento em que a pessoa se envolve com drogas é difícil ela sair. E se você não se tratar, ela te leva à morte”.

Coordenadora do Ensino Fundamental da Secretaria Municipal de Educação, Janaína Cantoia avalia que essa iniciativa da Prefeitura de Colíder é fundamental por priorizar o combate às drogas entre os jovens. “No ano passado essa campanha foi um grande sucesso. Nesta segunda edição, essa questão é trabalhada através de apresentações teatrais para as crianças e palestras para os maiores. Os alunos puderam fazer perguntas e entender a importância do combate às drogas e a dizer ‘não’ aos entorpecentes”, comenta.

CONSEQUÊNCIAS DANOSAS

A campanha abordou as consequências fisiológicas e neurológicas do consumo de drogas lícitas e ilícitas. “Quando você utiliza, você tem a liberação de endorfina e dopamina. A princípio, você tem aquela liberação de prazer e, depois, os níveis caem e você fica depressivo muito rápido. Então, nós trabalhamos o motivo do uso, a questão da curiosidade, porque consomem para fugir dos problemas e quais as dificuldades de enfrentar esses problemas”, explica Natália Bisollo Granja, psicóloga do Creas.

Natália diz que ficou impressionada ao perceber que a maioria dos jovens já utilizaram algum tipo de entorpecente. “Isso foi uma coisa que causou muito impacto para nós. Mas a campanha foi muito positiva e a gente tá bem feliz com o resultado alcançado. A gente quer ver agora os projetos das crianças, as redações, VTs e tudo, porque os alunos realmente se mostraram interessados, questionaram, ficaram bem impactados. Então, está sendo bem bacana”.

No entanto, Natália Granja avalia que é fundamental que as mensagens da campanha de prevenção ao uso de drogas também cheguem às famílias dos estudantes. “Começamos com a criança, mas a gente quer atingir os pais com todo esse trabalho para que a gente consiga mudar realidade existente em muitos lares colidenses”, pontua a psicóloga.

ÁLCOOL, O COMEÇO DA ESCALADA

O coordenador do projeto Maçonaria Unida Contra as Drogas e a Favor da Vida, Adalberto Soares Frutuoso, apresentou aos estudantes um alerta sobre os efeitos e consequências do álcool, que é considerado uma droga lícita. Segundo ele, muitas pessoas que tem a vida controlada pelas drogas e que chegaram à pedra do crack – o último estágio na escalada do consumo de entorpecentes – começaram pela bebida alcoólica.

“Normalmente, a população não foca muito no álcool, mas o álcool é a pior droga de existe, por justamente ser lícita e vendida em qualquer local. Num primeiro momento, o álcool é estimulante do sistema nervoso central por liberar dopamina. Isso faz com que a pessoa perca o medo e estará inserida num ambiente muito mais propício para o uso de substâncias químicas, que alteram o humor e o comportamento”, esclarece Adalberto.

Com mais de 600 palestras já realizadas, Adalberto está preocupado com a escalada do consumo de maconha em Colíder. “Quando abordo a canabis sativa, percebo uma inquietação muito grande nas minhas plateias. É uma droga primária, porque atinge somente o cérebro, mas que leva ao distúrbio bipolar e à esquizofrenia com pouco tempo de uso. Isso acarreta uma não vida para a pessoa, um custo muito alto para o estado e que provoca a codependência, que é um transtorno emocional que ocorre em pessoas que possuem algum familiar dependente químico”, expõe. 

PREVENÇÃO É A ESTRATÉGIA

A iniciativa pretende criar em Colíder um grande movimento de prevenção ao uso de drogas. Para a coordenadora do Creas, Águida Cazelato, a campanha reforça o trabalho já desenvolvido no município. “No ano passado, realizamos a primeira edição. Foi muito importante. Saíram produções fantásticas. E digo que, de certa forma, a gente fica triste com que a gente viu. Embora tenham sido trabalhos bem feitos, a gente sabe que muitas crianças escreveram ou desenharam suas próprias histórias”, relata.

Conforme Cazelato, as drogas são um problema social que impactos negativos na educação e, principalmente, nas relações familiares e comunitárias. “Por isso, é importante que a gente continue trabalhando a questão do combate às drogas com a criança e adolescente”, diz a coordenadora do Creas.

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