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DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA: Metodologia mostra probabilidade de regiões serem desmatadas
19 de Setembro de 2019 as 00h 00min
Pesquisadores utilizaram na Amazônia e Mata Atlântica metodologia inédita – Foto: DivulgaçãoASSESSORIA DE IMPRENSA
Pela primeira vez, pesquisadores utilizaram na Amazônia e na Mata Atlântica uma metodologia de monitoramento de desmatamento baseada em risco. O estudo, desenvolvido pela Embrapa no âmbito do projeto Rural Sustentável, avaliou 20 municípios na região amazônica – 10 em Mato Grosso e 10 no Pará - e 39 municípios na Mata Atlântica, na Bahia, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. O ano de referência para o aferimento da ferramenta foi o de 2016.
A metodologia, chamada de Indicador de Hectares Baseado em Risco, foi desenvolvida por pesquisadores britânicos e leva em consideração aspectos quantitativos e qualitativos. Utiliza indicadores como a proximidade de estradas, a predisposição da área para uso agropecuário, a cobertura vegetal e as riquezas minerais para calcular o risco que determinada região tem de ser desmatada.
As informações geradas ajudam a identificar áreas com maior risco de desmatamento, caso nenhuma intervenção humana seja realizada, possibilitando que ações de controle, preservação e fiscalização possam ser feitas. Além disso, com essa metodologia é possível fazer uma predição da área que será desmatada, bem como monitorar o desmatamento evitado.
“Mais do que mostrar números, essa metodologia prioriza áreas onde políticas públicas podem ser melhor direcionadas em relação a outras. Os governos estaduais e até federal, que têm recursos limitados, podem direcionar programas contra o desmatamento, ações de reflorestamento, de estímulo às florestas plantadas, ou mesmo de agricultura de baixo carbono a áreas específicas identificadas nos relatórios”, analisa a pesquisadora da Embrapa Informática Agropecuária Laurimar Vendrusculo.
Atuando na Embrapa Agrossilvipastoril, a pesquisadora foi uma das coordenadoras da frente responsável pelo levantamento referente à Amazônia. O trabalho foi desenvolvido pela equipe do Laboratório de Geotecnologia Agroambiental (Sigeo). A avaliação das áreas da Mata Atlântica foi coordenada pela pesquisadora Margareth Simões e sua equipe no Laboratório de Geoinformação da Embrapa Solos, no Rio de Janeiro.
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