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Mato Grosso, 24 de Abril de 2024

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EM ALTA: Auxílio emergencial impulsiona e vendas do varejo atingem patamar recorde

Influenciado pelo auxílio emergencial, crescimento foi de 3,4% em agosto, no 4º mês de recuperação. Segundo o instituto, varejo está 8,9% acima do nível pré-pandemia e 2,6% acima do recorde anterior, visto em outubro de 2014

12 de Outubro de 2020 as 10h 00min

Foto: Ana Rayssa/CB/D.A Press

Assessoria

Apesar do baque registrado no início da pandemia de covid-19, o comércio brasileiro não só já deixou para trás os efeitos do novo coronavírus, como subiu ao maior nível dos últimos 20 anos em agosto. O recorde de vendas foi registrado após quatro meses consecutivos de recuperação e foi influenciado, sobretudo, pelo auxílio emergencial. Por isso, analistas temem uma desaceleração do ritmo de recuperação do comércio e, consequentemente, da economia brasileira em virtude da redução do auxílio.

Dados divulgados, ontem, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que as vendas do varejo brasileiro cresceram 3,4% em agosto, no quarto mês de recuperação. Por isso, estão 8,9% acima do nível observado antes da pandemia e, também, superam em 2,6% o patamar observado em outubro de 2014, que, até então, representava o ponto mais alto da série histórica da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), iniciada em 2000. É que, após sofrer um tombo histórico de 16,7% em abril, quando boa parte do comércio brasileiro precisou fechar as portas, as vendas reagiram de forma acelerada nos meses seguintes.

“Atingimos o nível recorde do ponto de vista positivo, mas é bom lembrar que o piso inferior da série também se deu no período de pandemia. Em abril, estávamos a -24,8% do nível recorde de agosto. Ou seja, os meses de pandemia trouxeram alta volatilidade para as séries históricas do comércio”, avaliou o gerente da PMC, Cristiano Santos, lembrando que, em abril, o setor ficou 18,7% abaixo do nível pré-pandemia.

O que explica essa recuperação acelerada, segundo os analistas, é, sobretudo, a injeção de renda provocada pelo auxílio emergencial, que liberou mais de R$ 220 bilhões a 67,7 milhões de pessoas e, por isso, ajudou a manter e até a elevar, em alguns casos, o consumo das famílias brasileiras. “O auxílio emergencial e outras fontes de estímulo, como o crédito, surtiram bastante efeito no comércio varejista. Por isso, o setor tem apresentado uma recuperação forte e generalizada”, contou a economista da XP Investimentos, Lisandra Barbero.

“Em agosto, ainda vigorava o auxílio de R$ 600, e a flexibilização do isolamento social, também, favoreceu o comércio”, acrescentou o economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Fábio Bentes. Por conta disso, a CNC acredita, inclusive, que o ano não será de todo mal para o setor. A confederação já chegou a projetar uma queda de 10% nas vendas em 2020, devido ao choque inicial da pandemia. Porém, agora, espera um crescimento de 1,8% para o varejo restrito. É que o resultado de agosto também rendeu um saldo positivo, de 0,5%, para o setor no acumulado do ano. Já para o varejo ampliado, que considera a venda de veículos e materiais de construção, a CNC revisou a projeção de queda, em 2020, de -5,7% para -4,2%.

Bens essenciais

Os analistas temem que essa recuperação perca força e fique ainda mais desigual nos próximos meses. Afinal, com a redução do auxílio emergencial e o desemprego em alta, é provável que os brasileiros reduzam o consumo e foquem o recurso disponível cada vez mais nos bens essenciais. Por isso, já não se espera mais taxas acentuadas de crescimento nas vendas do varejo nos próximos meses. Ou seja, o avanço mensal que já foi de 12,7%, em maio, e desacelerou para 3,4%, em agosto, pode ficar ainda menor, entre 1% e 2%, a partir de setembro.

A dona de casa Fátima Teodoro, de 57 anos, reforça a análise dos especialistas. Ela conta que o auxílio emergencial estava ajudando a complementar a renda de casa e suprir outras necessidades, tanto que gastou mais do que o normal com alimentos e utensílios domésticos nos últimos meses. Porém, não sabe como ficarão as contas agora, pois não teve nem o recebimento dos R$ 300 confirmado pelo governo. Para a cantora Maria Campos, de 21 anos, os próximos meses também serão de economia. “Como o dinheiro foi parando de entrar, temos que economizar mais. No começo da pandemia, tive um gasto maior. Mas, agora, é só o necessário mesmo”, disse.

Fonte: Assessoria

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