FOI PARA O ATAQUE: No Podemos, Selma classifica “bolsonaristas” como “seita”

24 de Setembro de 2019 as 07h 00min

CLEMERSON SM

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Depois de deixar o PSL, a senadora mato-grossense, Selma Arruda (Podemos), resolveu partir para cima do clã Bolsonaro que tanto defendeu até outrora.

Após se sentir ofendida pelo filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), a ex-juiza virou destaque nos principais veículos de imprensa do país. A entrevista mais recente foi dada à revista Época neste fim de semana. Perguntada se Flávio Bolsonaro já havia pedido desculpas pela forma como a tratou, Selma respondeu que não, mas que espera uma retratação do filho do presidente Jair Bolsonaro.

“Ele se desculpou com a Soraya Thronicke [senadora do PSL por Mato Grosso do Sul]. Comigo e com o Major Olimpio [senador do PSL por São Paulo], não. Flávio me deve desculpas. É o mínimo”, disse.

Por parte de Selma, não faltou também ataques ao bolsonarismo, declarando estar recebendo fortes ataques dos radicais apoiadores do presidente, que classificou como uma “seita”. “Recebi ataques dos radicais. Tem uma ala do bolsonarismo que, se você não for um robô que concorde com tudo... É como se fosse um time de futebol... Impressionante. Como se fosse uma seita. Agora, quero ver o que vão dizer do presidente quando o presidente também mudar de partido”, desabafou.

Claramente, o Palácio do Planalto não quer que a CPI da Lava Toga vingue no senado. A bandeira do combate à corrupção entoada durante a campanha, agora parece ter sido deixada de lado e a senadora mato-grossense considerada uma apoiadora incondicional da Lava Jato diz que os “lavajadistas” estão decepcionados com a postura do governo. “Sim. Isso também vai precisar de um ajuste. Não é difícil as coisas se resolverem. Precisa de mais diálogo e menos truculência. Não sei o que aconteceu que, de pouco tempo para cá, espalharam uma fake news, por robô ou sei lá o quê, de que a CPI da Lava Toga teria sido bolada por uma esquerda golpista que queria desestabilizar o Brasil. Uma coisa absurda. Esses radicais engolem isso sem mastigar, saem repetindo isso, e agora há um mantra de que a CPI não tem utilidade”, apontou.