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Quinta Feira, 25 de Abril de 2024

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MÉDIO ARAGUAIA: Estiagem faz sojicultores de MT contabilizarem queda na produção

Plantio foi impactado pela estiagem; sojicultores contabilizam quebra de safra

08 de Dezembro de 2020 as 06h 00min

Conforme Inmet, baixo volume hídrico no mês de novembro é normal – Foto: José Roberto Gonçalves

DA REPORTAGEM

 

Já faz dias que não chove de forma parelha no Médio Araguaia. Os produtores de soja relatam 10, 20 e até 30 dias sem chuvas em algumas áreas. A oleaginosa, que foi plantada em sua maioria de forma tardia na região, é impactada pela estiagem e os sojicultores começam a contabilizar uma quebra de safra.

Para o produtor de Canarana, Diego Dallasta, o sol muito forte e o tempo seco estão causando stress nas plantas. Em suas lavouras ele já prevê queda de produtividade.  “Nas minhas lavouras a soja está nessa situação. Perdeu um pouco, mas ainda não dá pra saber o quanto! Preciso primeiro esperar a chuva”. No município, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o acumulado de chuvas do mês de novembro foi de somente 90,4 mm, menos de um terço do registrado no mês anterior.

O baixo volume hídrico no mês de novembro é normal, conforme registra o Inmet. Em 2019 o acumulado no mês foi de 64,9 mm. Contudo, as chuvas caindo de forma esparsa e a semeadura tardia, devido a demora no início da temporada de chuvas em 2020, fez com que algumas lavouras sofressem a falta de água num estágio diferente de crescimento.

Dallasta, que também é delegado do núcleo local da Aprosoja-MT, explica que a estiagem, além da produtividade, vai afetar também a rentabilidade, pois a situação vai repercutir da 2º safra. “Muita gente plantou atrasado e não vai conseguir plantar a área de milho que gostaria (safrinha) e muita gente vai ter que replantar talhões. E tem pessoas que não conseguiram plantar ainda”.

A situação é a mesma no município vizinho, Água Boa, avalia o presidente do Sindicato Rural, Tonico de Melo. Ele aponta que “tem produtores que ainda não acabaram o plantio. Pouca coisa, mas tem. Tem muita lavoura ainda em fase de germinação, faltando chuva. Tem pontos localizados que está chovendo mais, mas de modo geral a chuva está muito pouca. A contabilidade dos prejuízos já existe. Para a safrinha do milho, escapou a janela. Ou o pessoal vai plantar fora da janela, e aí vai ter o problema de redução de produção, ou vai deixar de plantar e reduzir a área”, esboça o sindicalista. Os produtores aguaboensis devem finalizar o plantio com 190 mil hectares de soja. Em Água Boa, conforme relatos de produtores, o acumulado hídrico do mês ficou na casa dos 100 mm.

Para o presidente do Sindicato Rural de Canarana, Alex Wish, o caso de quebra na safra já não é mais reversível no município, que estima plantar na safra 20/21 cerca de 290 mil hectares com a oleaginosa. “Nós temos áreas com 10 dias sem chuvas e áreas com 30 dias sem chuvas. Hoje, 04 de dezembro. Vamos dizer que se chovesse hoje! Não recuperam mais muitas áreas, com danos estabelecidos, com muito replantio, aguardando somente a chuva pra saber o quanto. Nós acreditamos que já está instalada no município 20% de perda, na média geral”.

“Tem propriedades que está excelente. Tem propriedades que está muito ruim. Os problemas maiores estão vindo nas áreas mais novas. Falta de palhada, matéria orgânica, por exemplo. As áreas mais antigas sofrem menos. Com a estimativa de perda, se comparar com o ano passado, a expectativa é de quarenta e poucos sacos de média”, expõe Alex.

A situação no Médio Vale só se altera quando se olha para as propriedades mais ao norte, principalmente em Querência, que na safra atual pretende plantar 380 mil hectares com soja. Para o produtor Samoil Ivanoff, que cultiva 2,5 mil ha do grão à 126 km da sede do município, sentido “Mata Linda”, a soja segue bem desenvolvida.

“Hoje (03/12) choveu em uns 800 hectares. Na minha realidade ainda não tenho perdas. Se domingo chover, acredito que não terei problemas. Acredito que aqui na região de querência, pro lado do xingu, se chover nos próximos 3, 4 dias, não teremos problemas”.

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