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Quarta Feira, 24 de Abril de 2024

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NA FAZENDA: Os erros comuns ao construir mapas de fertilidade e produtividade

Instrutora do Senar-MT aponta os principais cuidados necessários

14 de Agosto de 2020 as 07h 30min

Foto: Divulgação

DA REPORTAGEM

 

Considerados como ferramentas básicas da agricultura, os mapas de variabilidade ajudam o produtor a planejar o manejo da terra conforme as necessidades específicas do local. A partir deles, é possível conhecer as limitações e potencialidades de cada talhão, como explica a tecnóloga em mecanização em agricultura de precisão, Camila Ribeiro Gaspar, que é instrutora credenciada junto ao Senar Mato Grosso. “As principais funções dos mapas na agricultura é informar o agricultor sobre a condição da lavoura e orientá-lo quanto às variabilidades e o que é preciso fazer para melhorar estas condições da lavoura, visando ampliar a produtividade”.

O ponto de partida costuma ser o mapa de fertilidade, que aponta as deficiências e excessos de nutrientes no solo. Mas ele é apenas uma entre as inúmeras possibilidades. “Dentro da agricultura nós conseguimos trabalhar com mapas de produtividade, de fertilidade, de compactação de solo, de incidências de pragas e doenças, mapas de relevo, de umidade, etc. Nós temos muitos mapas para trabalhar hoje dentro de uma propriedade, que podem trazer estas informações e orientações para o produtor e para os gestores da propriedade”, comenta Camila.

A construção do mapa começa na coleta a campo. O número de amostras vai depender do objetivo e do investimento do produtor. “Em estudos a gente sempre vai encontrar que quanto mais amostras, mais informações nós temos. Logo, eu vou ter um mapa mais preciso. Claro que para gerar essas informações, para realizar estas coletas, vai ser preciso um investimento maior do produtor. Então, cada propriedade vai decidir o que é melhor, o que é viável, junto com a empresa que vai estar fornecendo esse trabalho para ela. Vale lembrar que o produtor vai trabalhar de acordo com a necessidade da propriedade dele. Se eu tenho muita variabilidade, realmente vou precisar ter mais amostras para ter mais informação. Se a minha variabilidade não é tão extrema, posso sim trabalhar com quantidade menor e ter bom resultado” explica.

De acordo com a instrutora do Senar-MT, geralmente a densidade amostral mais “comum” no campo gira em torno de 2,5 a 3 amostras por hectare. Porém, ela reforça que se por possível “trabalhar com 10 amostras por hectare, o mapa será mais preciso, com um leque maior de informações para o produtor”. Ela reforça, porém, que é perfeitamente possível trabalhar com quantidades menores e mesmo assim ter bons resultados: “tudo vai depender de como essas amostras são coletadas e como elas serão processadas depois”, pontua.

Diante disso, a qualidade na coleta das informações é fundamental para que o resultado seja preciso. “O cuidado que a gente tem que ter é constante. Se for um mapa de fertilidade, por exemplo, a limpeza das amostras é fundamental para que a amostra não seja ‘contaminada’, evitando que valores errados sejam apontados no mapa”, orienta. Ela também aponta os equívocos mais comuns que são cometidos durante o processo. “Os erros que encontramos em boa parte dos mapas ocorrem por conta da coleta das amostras, a partir de informações erradas que são trazidas para os técnicos”. Ainda falando sobre os mapas de fertilidade, “a quantidade coletada, o local da amostra, a apresentação de valores discrepantes, muito diferentes da realidade de campo, são alguns dos pontos que requerem atenção”. Caso essas informações equivocadas sejam levadas adiante, irão interferir negativamente no mapa que for gerado.

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