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PARA REFLEXÃO: Dia da Criança: brinquedos e brincadeiras

Com tanta tecnologia à disposição, crianças estão desaprendendo a brincar; pais devem participar

12 de Outubro de 2019 as 08h 00min

Objetos de casa, como panelinhas, são bons para ensinar convivência e sentimentos

DA REPORTAGEM

 

Pais e filhos estão decidindo ou já decidiram quais presentes, passeios e surpresas para comemorar o Dia da Criança neste 12 de outubro. Dá para negar o brinquedo da moda que a criança tanto insiste em comprar? Como tornar a data memorável mesmo sem gastar dinheiro ou atender os desejos infantis? Que brinquedos são legais de comprar?

 

UM BRINQUEDO

Bons brinquedos são os que oferecem uma variedade de estímulos, experiências e possibilidades, sejam eles comprados ou feitos em casa, diz Patrícia Camargo, do site de brincadeiras Tempo Junto.

"Brinquedo que anda sozinho e fala sozinho não é de brincar, é de assistir", argumenta. "Então, uma primeira pergunta a se fazer é: meu filho vai conseguir brincar com este brinquedo quando a pilha acabar? Se sim, ótimo. Se não, siga adiante".

Ao mesmo tempo, ela sugere que os pais deem menos atenção ao "resultado da brincadeira" — acertar o jogo, completar o quebra-cabeça — e mais ao processo de brincar. "O resultado vai chegar em algum momento, ela vai completar o quebra-cabeça. O mais importante é ela brincar." É nesse processo que as crianças aprendem a explorar o mundo ao redor.

Dito isso, Patrícia lembra que a criança não se desenvolve sozinha — precisa do adulto para isso, até mesmo na hora de brincar. "É na interação, no bate-bola, na risada que a criança faz conexões neurais em seu cérebro", diz. "Mesmo quando o adulto acha que não sabe brincar, só de ele entrar na linguagem da criança já está construindo um vínculo com ela".

 

DA MODA

O mundo real, diz Patrícia Camargo, é repleto de marketing e consumo, então o jeito é "lidar com isso sem ser absorvido de forma prejudicial". "Não acho que precisamos ser contra o brinquedo da moda, mas entender do que nosso filho gosta para além do que ele pede. O brinquedo que ele pediu vai complementar os brinquedos que ele já tem? Ou ele só quer porque 'todo mundo tem'? Esse presente é factível na nossa rotina ou no nosso orçamento? Se não for, quais outros brinquedos podem proporcionar a mesma sensação gostosa?".

 

LAÇOS

FAMILIARES

Nada de celulares, aparelhos ou jogos eletrônicos. A ideia é deixar a tecnologia de lado para criar laços entre pais e filhos. Que tal resgatar brincadeiras "das antigas", como mímicas, estátua, pula corda, dança das cadeiras...? São infinitas as opções para ter bons momentos em família. Ou então, já pensou em optar por atividades recreativas que permitam a diversão de todos?

Com pais e familiares cada vez mais ocupados e "sem tempo", a relação do brincar em família tem se tornado cada dia mais rara.

No entanto, é através da brincadeira que as crianças desenvolvem a imaginação, exercitam o corpo, desenvolvem habilidades motoras, além de ajudar na socialização e na cooperação. O alerta é da professora de educação física, especialista em fisiologia do exercício e proprietária da Fun Fit Kids academia infantil, Larissa Rezende.

Para a especialista, a relação do brincar em família vai além da diversão. "Os benefícios são diversos para todos, como aprimorar a relação em família, ter um tempo para o lazer, estreitar laços, além de deixar um pouco de lado os eletrônicos, que hoje ocupam grande parte do nosso dia a dia", explica.

Segundo Larissa, as atividades recreativas bem planejadas por profissionais qualificados, dentro de um ambiente adequado para crianças, vão além de um momento lúdico. “A recreação contribuiu para um desenvolvimento saudável que perpetua pela vida toda, pois estimula a questão psicomotora ou seja, desenvolve força, coordenação, flexibilidade, socialização, cooperação, lateralidade, organização, noção espacial, ou seja um desenvolvimento global”, ressalta.

 

PARA CADA

FAIXA ETÁRIA

Mas qual a atividade ideal para cada faixa etária? Para crianças de 2 a 3 anos, Larissa recomenda "atividades educativas com cores, números e letras, musicalidade, dança e muita socialização".

Já para crianças de 4 a 5 anos, a especialista destaca a importância de começar "a introduzir a imaginação, cooperação, atividades de equilíbrio, força, coordenação motora".

De 6 a 7 anos, a professora de educação física incentiva que é o "momento de introduzir regras, raciocínio lógico, aprender a lidar com as emoções e deixar as atividades mais dinâmicas". Segundo Larissa, "a prática de uma boa arte marcial também ajuda na concentração, disciplina e no desenvolvimento social".

Já para crianças de 8 anos em diante, a especialista destaca levar em consideração os gostos e preferências de cada um. "Um esporte é muito bem recomendado, uma dança, mas sem uma cobrança excessiva para a criança não se frustrar ou criar alguma aversão a atividade física", enfatiza.

Rezende ressalta que o mais importante, independente da escolha, é que a criança desde cedo seja estimulada com exercícios para obter os benefícios para saúde, corpo e mente.

"O ideal é incentivar a prática de exercícios físicos até a criança encontrar o que ela realmente gosta de fazer, deixando também de lado um pouco seus eletrônicos e reservando um tempo para atividades e brincadeiras em família", concluiu.

A pedagoga Nádia Vieira também ressalta que "o brincar" na infância vai muito além do que apenas entreter. Segundo ela, é através das brincadeiras que a criança aflora no processo de aprender. “A partir do brincar, várias ações são estimuladas, tanto cognitivas, quanto afetivas e emocionais”, ressalta.

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