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PESQUISA INÉDITA: Método para calcular quantidade de calcário em solos mato-grossenses
Pesquisa científica promete mudar a realidade da agricultura em Mato Grosso
07 de Maio de 2020 as 13h 00min
Foto: Divulgação
DA REPORTAGEM
Resultado de pesquisa científica financiada pelo Programa Agrocientista, da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), vai mudar a realidade da agricultura no Estado. O estudo descobriu duas curvas inéditas, capazes de corrigir acidez nos solos mato-grossenses, que dará mais agilidade e precisão no cálculo da quantidade de calcário adequada para cada solo e garantirá mais economia aos produtores.
É que mesmo com uma extensão territorial continental, o Estado de Mato Grosso não contava com uma metodologia de calibragem de solo para correção da acidez e se baseava em curvas de outras localidades, como o Estado de São Paulo, por exemplo. O resultado da pesquisa “Estimativa da Acidez Potencial dos Solos do Estado de Mato Grosso com Base em Métodos Tampões” chegou ao método SMP (Shoemaker, McLean and Pratt) e ao método Santa Maria.
“Antes, utilizávamos curvas de outros Estados, não calibradas para nossa realidade, que poderiam ser mais demoradas e onerosas. Além disso, poderia superestimar ou subestimar a quantidade de calcário adequada para o produtor. Uma vez que hoje temos essa calibragem, a quantidade de calcário será mais assertiva para corrigir essa acidez. Esse método é utilizado no Brasil, mas ele exige calibração regional, o que até então, não havia em Mato Grosso”, detalhou o autor da pesquisa, engenheiro agrônomo, doutor Marcelo Ribeiro Vilela Prado.
O autor do estudo ingressou no doutorado na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em 2014. Marcelo escreveu o projeto para concorrer ao edital do Agrocientista da Aprosoja e, em 2015, foi contemplado.
O objetivo da pesquisa foi desenvolver uma curva capaz de estimar a acidez potencial do solo para Mato Grosso com base em métodos tampões, que segundo Marcelo, são métodos rápidos, práticos e eficientes para uso de laboratório, mas que não havia no Estado. Para isso, 196 amostras de solo foram coletadas na camada arável (0–20 cm) em diferentes sistemas agropastoris e nativos adjacentes.
“Passei para segunda fase de campo e estive em todas as regiões do estado coletando os solos, em agosto de 2018 fiz a defesa e fui aprovado, agora está saindo artigos referentes a esta tese e o apoio da Aprosoja foi fundamental nesse processo”, destacou.
Em fevereiro de 2020, o artigo foi publicado pela editora UFLA na Revista Ciência e Agrotecnologia da Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais.
“Há uns cinco anos produtores queixavam da variação nas análises de solo, o que reuniu diversas instituições como a Aprosoja, a Fundação MT e fizemos um estudo que ao final resultou em um workshop com laboratórios. Agora o método está desenvolvido. Já saiu o artigo e a ideia agora é que todos os laboratórios se conscientizem e adotem esse método voluntariamente, já que não existe uma normatização. E a pesquisa não para. Vamos partir para a próxima fase que será provavelmente na safra 2020/2021, em campo”, informou
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