RACHA FEIO: Bolsonaro chama Barburdo de traidor

16 de Outubro de 2019 as 09h 00min

CLEMERSON SM - clemersonsm@msn.com

O clima não anda nada bom dentro do partido que elegeu o presidente Jair Bolsonaro e a segunda maior bancada parlamentar do país na eleição de 2018.

Depois de ter entrado em rota de colisão com o deputado federal Alexandre Frota que resultou em sua expulsão, o presidente mirou dessa vez o presidente nacional do PSL, deputado federal Luciano Bivar (PSL-PE). Após dizer para um correligionário “esquecer” o PSL, pois o “Bivar está queimado”, uma divisão ocorreu na sigla.

Antes defender feroz de Bolsonaro, o deputado federal, Nelson Barbudo (PSL-MT), candidato mais votado em Mato Grosso no ano passado, decidiu ficar ao lado do presidente do partido, Bivar.

Barbudo, desde janeiro é presidente estadual do PSL em Mato Grosso, e portanto, responsável por gerir o dinheiro do fundo partidário. Além disso, Barbudo já havia demonstrado que não deixaria o partido caso essa seja a posição do presidente, que na semana passada ameaçou deixar o PSL. Barbudo é um dos “indignados” com Bolsonaro e seus filhos, que não estariam dando o devido valor ao grupo político que o elegeu.

Com a posição de Barbudo em ficar ao lado de Bivar, o presidente Bolsonaro, segundo informações do jornalista Guilherme Amado, da revista Época, Bolsonaro estaria revoltado com a postura de Barbudo, classificando o deputado mato-grossense como “traidor”.

Com isso, Bolsonaro tem estremecida a relação com seus dois maiores cabos eleitorais em Mato Grosso, antes de Barbudo, a senadora Selma Arruda, descontente com as atitudes do filho do presidente, o também senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), decidiu abandonar a legenda e migrar para o Podemos.

Outros parlamentares que ficaram ao lado do presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, também receberam a alcunha de traidor por parte de Bolsonaro. Os deputados Delegado Waldir, Júnior Bozzella, Joice Hasselmann, Julian Lemos, Nereu Crispim e Felipe Francischini, além do senador é Major Olímpio que foi chamado pelo filho de Bolsonaro, o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PSC), de “cadela no cio”.