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Quinta Feira, 25 de Abril de 2024

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RIVAL DO BRASIL: Bolívia vive caos político, clubes rachados e jogadores barrados

Seleção boliviana não participa de uma Copa desde 1994 e não deve ir ao Catar

09 de Outubro de 2020 as 14h 01min

Jogadores da Bolívia durante entrevista-desabafo na concentração – Foto: FBF

DA REPORTAGEM

 

A seleção da Bolívia inicia sua trajetória nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2022 contra o Brasil, nesta sexta-feira, na Neo Química Arena, em São Paulo. Desde que participou da edição de 1994 nos Estados Unidos, La Verde vem fazendo campanhas fracas no qualificatório e ficando distante de jogar novamente o principal torneio do futebol. Se depender de seus bastidores, o jejum boliviano em Copas vai continuar.

Após a morte do presidente da federação local (FBF) César Salinas em julho, em decorrência de Covid-19, o futebol no país vive um verdadeiro caos na política, nos clubes e na seleção. A disputa pelo poder da FBF entre Marco Rodríguez e Robert Blanco pode, inclusive, levar à intervenção da Fifa na situação, algo que o técnico da seleção, César Farías, revelou preocupação.

"Há um desconhecimento quanto aos regulamentos que é alarmante. A Bolívia está na corda bamba, beirando uma suspensão. Seria triste para a Conmebol ter uma de suas federações suspensas", afirmou o treinador.

"A intervenção da Fifa não está longe por tudo o que está acontecendo. Aos amigos do governo, saibam também que uma má decisão de ingerência pode deixar o país sem futebol, um membro da Conmebol", completou.

O imbróglio político na FBF não é o único problema no futebol boliviano: o campeonato nacional não retornou após a paralisação em decorrência da pandemia de coronavírus, e na última segunda-feira o "racha" entre clubes deixou a situação ainda mais complicada.

Há uma divisão entre os 14 principais times do país: o denominado G8 (The Strongest, San José, Aurora, Municipal Vinto, Nacional Potosí, Real Santa Cruz, Real Potosí e Always Ready) e o G6 (Bolívar, Jorge Wilstermann, Oriente Petrolero, Blooming, Guabirá e Royal Pari).

Os representantes de 13 dessas equipes se reuniram virtualmente com o vice-ministro de Esportes, Augusto Chávez, para tentar confirmar a data do retorno do torneio logo após as eleições nacionais (marcadas para 18 de outubro).

O encontro, porém, acabou fracassado após uma exigência feita pelo G6 para a presença do presidente do San José, Huáscar Antezana, e não Luis Cossío, membro do clube. Enquanto o "pedido" estava sendo analisado, os integrantes dos seis clubes deixaram a reunião, que terminou sem definições. A seleção nacional, por sinal, também sofre com diversas situações.

César Farías está há 49 dias treinando com jogadores que atuam no futebol local e mantém um gigante mistério sobre quem escalará para o duelo com o Brasil. Diante da Argentina, na próxima terça-feira, em casa, ele já afirmou que contará com os jogadores "estrangeiros" que chegaram nesta semana a La Paz: Alejandro Chumacero, Boris Céspedes, Jaume Cuellar e Marcelo Moreno.

O treinador, porém, não vai contar com atletas de Bolívar e Jorge Wilstermann para esta primeira rodada dupla de eliminatórias - os dois times são os únicos em atividade por causa da Libertadores.

Na semana passada, o presidente do Oriente Petrolero, Ronald Raldes, ordenou a saída de seus três jogadores que estavam na concentração nacional (Ferddy Roca, Mateo Zoch e Ronaldo Sánchez). A situação fez com quem os atletas da seleção dessem uma entrevista coletiva em tom de desabafo e pediram o fim da "manipulação" do futebol no país.

"Nos deu pena como saíram chorando, chorando com justa razão. Os três meninos que se foram são jovens, e todos temos sonhos e objetivos por cumprir. O que queremos é que não se vá ninguém. Essa não é a maneira de fazer pressão sobre a seleção", disparou o goleiro Carlos Lampe, o mais experiente do plantel.

E assim, com um terremoto extracampo, a Bolívia tentará iniciar de forma digna as eliminatórias contra as duas seleções consideradas favoritas da América do Sul.

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