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SAIBA MAIS: Os principais efeitos do La Niña e do El Niño na agricultura em MT
Agricultores devem ficar atentos ao regime de chuvas em safras sob influência dos fenômenos
20 de Julho de 2020 as 07h 00min
Foto: DivulgaçãoDA REPORTAGEM
Nem muita água... nem, muito menos, a falta dela. A distribuição equilibrada das chuvas está no topo da lista dos desejos dos agricultores para a safra de grãos. É por isso que em anos de ocorrência de La Niña ou El Niño, a atenção dos produtores com o tempo deve sempre ficar maior. Em Mato Grosso, um dos efeitos costuma ser a redução dos índices pluviométricos.
Engenheiro agrônomo e instrutor credenciado do Senar-MT, Cleonir Andrade explica que tanto em anos de La Ninã (esfriamento das águas do Oceano Pacífico) quanto em anos de El Niño (aquecimento destas águas), o regime de chuvas sofre alterações.
“Eles exercem influência na precipitação, ou seja, na somatória de precipitação no índice pluviométrico durante o ano. Lembrando que o La Niña ainda tem uma peculiaridade que é aumentar em muito o risco de veranicos, principalmente de fevereiro a março, veranicos de 10 a 15 dias. Já o El Niño proporciona maiores riscos de tempestades, porque as chuvas são mais intensas nestes anos. Ambos diferem dos anos neutros, que costumam apresentar precipitação normal, acompanhando médias históricas”, comenta.
Para este ano, os especialistas apontam 50% de chances de ocorrência de La Niña nos meses de agosto, setembro e outubro. A chance de neutralidade está em 47%. Isso deve provocar atraso na regularização das pancadas de chuvas para a instalação da safra no centro-oeste, com possibilidade de que algumas regiões de Mato Grosso só recebam chuvas regulares a partir da segunda metade de outubro.
“Até pouco tempo atrás a expectativa dos órgãos que monitoram a temperatura do oceano Pacífico Equatorial demonstrava que a probabilidade era de até 80% de ocorrência de ano neutro. Entretanto, uma atualização demonstra que a probabilidade de ocorrência de ano neutro e La Niña está em torno de 50% de cada um. Cabe ao produtor acompanhar esse monitoramento e ficar atento para que ele possa fazer o planejamento agrícola da melhor forma possível”, recomenda o instrutor.
E o planejamento, claro, envolve a definição do calendário de plantio da safra principal, sem esquecer do posicionamento do cultivo da segunda safra. “Se a gente pensa que uma ocorrência de La Niña eu tenho veranico de fevereiro a março, então, provavelmente eu tenho que antecipar a minha semeadura da safra para tentar fugir desse veranico no período de semeadura da segunda safra. Porque se tenho veranico de 10 a 15 dias logo após a semeadura da segunda safra, o risco de perda da produção é muito grande”, comenta.
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