SINOP: Após prisão, mãe e babá são liberadas

Menino caiu de uma altura de 6 metros em cima de um carro, que ‘amorteceu’ a queda

10 de Março de 2020 as 08h 00min

DA REPORTAGEM

A mãe e a babá (nome preservados) receberam na tarde de domingo (8) liberdade através de Habeas Corpus, em Sinop. As duas passaram por uma audiência de custódia e, por não terem antecedes criminais, o juiz de plantão decidiu que elas poderiam responder fora da cadeia.

Elas foram encaminhadas pela Policia Militar na manhã de sábado (7) depois que uma criança caiu de uma janela com altura de 6 metros. A vítima foi encaminhada pelo Corpo de Bombeiros ao Hospital Regional com escoriações.

De acordo com o sargento Thiago, dos bombeiros, a criança de 4 anos caiu sobre um carro que estava estacionado em baixo da janela. "Não tenho dúvida, Deus protegeu essa criança. Ela estava apenas com escoriações".

O CASO

No sábado, o delegado da Polícia Civil, Carlos Eduardo Muniz prendeu em flagrante e sem estipular fiança a mãe, 25 anos, e a babá, 21, do menino, 4 anos, que caiu da janela de um prédio, localizado no Jardim Terra Rica, com aproximadamente seis metros de altura e atingiu um carro que estava estacionado. Elas devem responder por abandono de incapaz.

A criança foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada ao Hospital Regional para receber atendimento médico. Segundo os bombeiros, a criança estava consciente, aparentemente sem fraturas e com escoriações do lado do tórax. De acordo com um soldado, provavelmente o impacto com o carro “amorteceu” a queda, evitando que houvesse mais ferimentos.

Testemunhas que também deram suporte ao menino após a queda informaram aos policiais militares que foram até o apartamento, mas não encontram ninguém. Pouco depois, as responsáveis chegaram no local e a Polícia Militar foi novamente acionada. A mulher confirmou que era mãe do menino e informou aos policiais que o havia deixado com a jovem na sexta-feira para ir em uma festa. Ela afirmou que iria buscar a criança até às 9h do sábado.

Já a babá afirmou que neste horário tinha uma prova na faculdade, não poderia faltar e que o acordo para cuidar do menino era até o início da manhã e não até às 9h. Contou ainda aos policiais que a mãe da criança não chegou no horário combinado e que não conseguiu contato com a mãe dele.

Como não podia levá-lo à faculdade, o deixou trancado no apartamento e quando retornou já não o encontrou mais. Só ficou sabendo que ele havia caído do prédio quando encontrou com as testemunhas.

Todas as circunstâncias apresentadas ainda serão investigadas pelas autoridades policiais. As responsabilidades pelo caso serão esclarecidas no decorrer do inquérito aberto pela Polícia Civil.