SINOP: Vereador faz crítica a contratação de serviço e secretário de Trânsito rebate

Questionou valor do contrato e escolha de empresa de fora. Para Friederich houve economia

14 de Maio de 2020 as 11h 00min

CLEMERSON SM

clemersonsm@msn.com

Esta semana o vereador Leonardo Visera (Patriota) apresentou questionamentos sobre a contratação de serviço para a confecção e instalação de placas de sinalização no município de Sinop.

As críticas foram tecidas na Sessão Ordinária desta semana e entre as observações apontadas pelo parlamentar, está no valor do contrato e o fato de ter sido escolhida uma empresa situada na cidade de Anápolis (GO).

Procurado pela reportagem do Diário do Estado MT o secretário municipal de Trânsito de Sinop, Hermann Friederich, rebateu o questionamento do vereador Visera sobre a contratação dos serviços da empresa de outro estado, preterindo assim, uma empresa do próprio município. “Todas as licitações que eu vejo estão abertas. Dificilmente aparece alguém de Sinop com a documentação correta e com a especificação dos materiais. Por exemplo, a placa faz aqui, e o poste faz? Não faz. Quem faz a placa, não faz o poste. E no caso da empresa de Anápolis, ela fez as placas, os postes e meio para fazer a instalação”, disse o secretário.

Após a declaração do secretário, a reportagem do Diário do Estado MT, voltou a procurar o vereador Leonardo Visera que confirmou que o orçamento feito por ele em uma empresa de Sinop, contempla sim, a confecção das placas, postes e instalação, com um preço muito menor. 

De acordo com o vereador que analisou o contrato, cada placa instalada custou aos cofres do município o valor de R$ 3.300,00. E ao fazer um orçamento um orçamento com uma empresa local, o valor ficaria em R$ 1.800,00, uma economia de R$ 1.500,00 por placa instalada. “Cada local, são instaladas duas unidades, sendo R$ 6.600,00 por localização. Liguei para uma empresa idônea do nosso município e pedi um orçamento. Sabe quanto ficaria se essas placas fossem feitas em Sinop? R$ 1.800,00 cada, quase a metade do preço”, apontou Visera.

Mas de acordo com Friederich, a empresa goiana ofereceu o serviço não apenas pela confecção das placas, mas por todo o processo até a instalação. “Foram compradas 38 placas. A aquisição foi da placa, o poste de sustentação, mais grosso, mais robusto, com seis metros e meio, com o braço estendido em duas partes e mais a instalação da placa. Por R$ 3.300,00 o conjunto, que somados, ao todo dá R$ 125.300,00”, explicou Friederich.

Na visão do secretário, escolher uma empresa que se prestou a fazer todo o processo necessário, ao contrário do que indicou o vereador de que a prefeitura havia gastado dinheiro a mais, houve sim, uma economia aos cofres públicos, o que não aconteceria caso o município tivesse de contratar uma empresa diferente para cada processo.

Outro questionamento feito por Visera foram as sinalizações erradas e desnecessárias. “Essas placas mostram o destino da Praia do Cortado. Todos nós sabemos que aquela área foi indenizada pela usina e que não pode ser utilizado pela população. Então qual a serventia dessa placa no centro da cidade? Outras placas apontam a localização da Catedral, por exemplo, fazendo conversão sentido município de Itaúba e você está lá na avenida dos Jequitibás”, apontou o parlamentar.

Ouvido pela reportagem, o secretário de Trânsito reconheceu a falha na instalação sobre a localização da Catedral, e disse que elas já foram retiradas e a empresa que as instalou, já está corrigindo. Sobre indicar o destino da Praia do Cortado, Friederich disse que o objetivo não foi de indicar o local como um ponto turístico atual, mas sim como um ponto de referência para quem mora ou tem negócios naquela região da cidade.