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1/3 dos falecidos sem identificação recebe nome graças a sistema biométrico da Griaule
28 de Setembro de 2025 as 06h 32min

A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) de Cuiabá revisou mais de 100 casos de pessoas falecidas e enterradas sem identificação no projeto chamado “Lembre de Mim”. E graças à adoção do sistema de identificação biométrico digitalizado da Griaule, 42 pessoas tiveram suas identidades reveladas de 122 casos analisados, com mortes registradas entre 2009 e 2025. Desde janeiro, 34% das vítimas não identificadas em 16 anos ganharam nome no IML da capital do Mato Grosso.
“A base de Mato Grosso tem 4 milhões de pessoas, mas nem todas as impressões digitais já estavam convertidas e inseridas no sistema automatizado de identificação (ABIS). Só neste ano, 1 milhão de prontuários civis foram digitalizados com a nossa tecnologia, o que ampliou a base de consulta e permitiu o cruzamento de mais informações e, por meio de um software robusto, a busca encontrou muitas pessoas há anos sem identidade”, afirma Thiago Ribeiro, diretor de negócios da Griaule, empresa brasileira especializada em soluções de reconhecimento biométrico e que fornece a biometria e a digitalização do acervo para o governo de Mato Grosso.
A identificação biométrica utiliza as impressões digitais que já haviam sido coletadas de pessoas falecidas não identificadas e realiza o cruzamento com bancos de dados digitalizados que reúnem registros de milhões de pessoas, até chegar à identificação.
O projeto "Lembre de Mim” usa informações de órgãos como a Secretaria de Segurança Pública e está ampliando o banco de dados disponível para a consulta além do estado. Desta forma, a perícia já identificou pessoas falecidas no estado do Mato Grosso, mas que viviam em outros locais, como São Paulo, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Goiás - quase nenhuma dessas famílias foi localizada.
Identificação biométrica digitalizada da Griaule identifica pessoas sem nome há quase 20 anos em Cuiabá. Na foto, a perita papiloscopista Jemima Santos utilizando a tecnologia
Os familiares de metade dos desaparecidos foram localizados, notificados e receberam o atestado de óbito. A outra metade ainda não foi localizada. O tempo médio de identificação das vítimas é de 13 dias, considerado rápido diante da espera de tantos anos.
“Muitos dos falecidos não puderam ser identificados no passado por limitações como a ausência de tecnologia biométrica. Agora, estamos conseguindo identificá-los, o que gera um impacto social e humanitário enorme. Nossa estimativa é que haja cerca de 400 vítimas sem identificação no IML de Cuiabá. São histórias que poderão ter um final, o que é muito gratificante”, diz Simone Delgado, coordenadora do projeto na Politec-MT.
Esse resultado foi alcançado com a implementação do Sistema Automatizado de Identificação Biométrica (ABIS) da Griaule, que fornece toda a tecnologia de reconhecimento facial, biométrico e serviços para o governo de Mato Grosso na emissão de documentos e pesquisa papiloscópica. Outro fator decisivo foi a digitalização do acervo civil do estado - iniciada em 2024 - que está convertendo para o meio digital as impressões digitais e as faces dos cidadãos do estado.
“O sistema biométrico conta com criptografia avançada, inteligência artificial e algoritmos que processam informações em milissegundos durante a checagem. Somado ao aumento da base de pesquisa, o processo faz com que a comparação das coletas biométricas seja cada vez mais precisa e rápida”, completa Ribeiro, da Griaule.
Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA
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