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A demissão de Mano Menezes e a volta de Coudet ao Inter
18 de Julho de 2023 as 17h 56min
Alessandro Barcellos e Mano Menezes — Foto: Marcos Ribolli
A tarde caía em Porto Alegre, com frio próximo aos 10°C, quando o Inter definiu pela demissão de Mano Menezes. Uma reunião do Conselho de Gestão resolveu colocar em prática o que era considerado nos bastidores um plano de emergência para o futuro. O rendimento do time na temporada, em especial nos últimos três jogos, a eleição presidencial e as oitavas da Libertadores pesaram na decisão que surpreendeu até jogadores. Eduardo Coudet voltará a desfilar seu cachecol.
Encaminhado, o acordo com o argentino foi oficializado nesta terça (18). Em 2023, Coudet comandou o Atlético-MG e deixou o clube em junho.
Já se falava em uma possível volta de Coudet ao Inter depois do empate com o Palmeiras no terceiro jogo sem vitória e sem marcar um gol sequer, quando Mano Menezes ainda concedia entrevista coletiva como técnico do clube. Esse cenário, no entanto, foi descrito no domingo como um plano emergencial para "salvar o ano" apenas em caso de eliminação nas oitavas da LIbertadores.
A reunião do presidente Alessandro Barcellos com os vice-presidentes resolveu por antecipar a saída de Mano. O ponto central foi o rendimento da equipe nos últimos compromissos. A diretoria entendeu que o técnico poderia (e deveria) tirar mais do time.
Havia diagnóstico, também, de um desgaste interno do treinador com o grupo de jogadores. Há relatos de insatisfação posta por atletas aos dirigentes por restrições de vestiário e até com alguns trabalhos de Mano.
Barcellos sempre manteve uma relação de confiança com Mano, a ponto de descartar a demissão do técnico após uma sequência de cinco derrotas consecutivas. No momento, o Inter tem uma derrota nos últimos 12 jogos, embora acumule também a eliminação na Copa do Brasil para o América-MG no período.
Ao mesmo tempo, o laço entre o técnico Eduardo Coudet e Barcellos jamais se rompeu. O dirigente era o vice de futebol na maior parte da passagem anterior do argentino pelo Beira-Rio, em 2020.
O treinador, inclusive, chegou a usar a foto de Barcellos no WhatsApp na época da eleição vencida pelo atual mandatário em dezembro de 2020. A proximidade dos dois é um dos trunfos do dirigente, que também pesou para a troca o pleito por vir no fim do ano, quando tentará a continuidade por mais três anos.
Há uma parcela grande dos apoiadores de Barcellos que defendia a mudança e nutria esperança na volta de Coudet, que comandou o Colorado em parte da campanha que resultou no vice do Brasileiro de 2020, encerrado em fevereiro de 2021.
Recentemente, Coudet chegou a dizer que estava em dívida com a torcida do Inter pela maneira como saiu em 2020. No meio da disputa do Brasileirão, aceitou uma proposta do Celta de Vigo e deixou o clube. Havia divergência com a diretoria à época. A declaração do argentino ocorreu após uma crítica justamente de Mano.
“Foi o clube que abriu as portas aqui no Brasil. Eu sou muito agradecido com todo esse pessoal, com o torcedor do Inter, como me trataram. Tenho uma dívida com esse clube, com o torcedor e, algum dia, quem sabe, o futebol vai deixar pagar essa dívida”, destacou Coudet em maio.
Fonte: DA REPORTAGEM
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