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Quinta Feira, 21 de Agosto de 2025

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Adoção de tecnologia impulsiona país como destaque mundial na produção de frutas

21 de Agosto de 2025 as 06h 53min

País embarcou mais de um milhão de toneladas, gerando uma receita superior a US$ 1,2 bi – Foto: Divulgação

O Brasil é destaque no cenário internacional como um dos principais exportadores de frutas, registrando um crescimento significativo nas últimas décadas. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), em 2024, o país embarcou mais de um milhão de toneladas, gerando uma receita superior a US$ 1,2 bilhão.

Entre os produtos desta lista está a manga. Segundo a instituição, somente neste primeiro semestre de 2025, foram exportadas 88 mil toneladas da fruta, sendo a terceira variedade mais vendida.

Entre os principais responsáveis por esse protagonismo está a Agropecuária Roriz Dantas, internacionalmente conhecida como Agrodan. Sediada em Belém de São Francisco/PE, cerca 470 km da capital Recife, o grupo conta com sete fazendas, em um total de 1.125 hectares de área própria plantada, somados à 225 ha de áreas de parceiros. Com a vendas de 30 mil toneladas de manga em 2024 para diversos países da Europa, o grupo consolidou-se como o maior produtor e exportador do Brasil. “Hoje 97% de nossa produção é destinada ao mercado externo”, diz Paulo Dantas, um dos sócios e diretor-presidente da empresa.

Para ter em sua carteira clientes tão exigentes, a Agrodan investe continuamente em tecnologia, inovação e capacitação. Mas, para entender como uma fazenda do sertão pernambucano atingiu esse nível de excelência nos pomares e um alto grau tecnológico, é preciso dar um passo para trás. A história do grupo começa em 1987, quando Dantas, engenheiro elétrico de formação juntamente com seus irmãos e ajuda dos pais, resolvem apostar no agro.

Os desafios foram muitos: hiperinflação, falta de conhecimento técnico em agricultura, escassez de consultores especializados para orientar a implementação, entre outros. Mesmo assim, os irmãos insistiram, Paulo e Jairo lideraram esse projeto. Seus pais foram fundamentais naquele momento, pois além do apoio emocional, colocaram ainda seus bens como garantia em um empréstimo feito junto ao Banco do Brasil. Desta forma a família pôde iniciar o projeto ousado de plantio irrigado de 41 hectares de frutas (uva, banana e manga).

Entre as variedades plantadas, a manga foi a que melhor se adaptou à região e focaram nela, deixando as parreiras e bananeiras para trás. Com muita dedicação conseguiram pagar o financiamento no banco e o negócio decolou. “Já em 1992 iniciamos as primeiras vendas de manga para o mercado externo. Buscamos ajuda de especialistas e fomos aperfeiçoando a nossa produção. A Agrodan foi crescendo e se consolidando, principalmente na Europa, e hoje, geramos 1.400 empregos diretos”, destacou Dantas.

REFERÊNCIA INTERNACIONAL

Atualmente a Agrodan cultiva sete variedades de manga, com destaque para a tommy, palmer, keitt, kent, além de três outras espécies israelenses. O que chama atenção, além da qualidade, equilíbrio e padronização das frutas é o alto nível tecnológico adotado nas propriedades.

Além de todo o cuidado que se inicia no planejamento com a escolha da área, preparo do solo, avançando para o plantio, manejo hídrico, tratos culturais, floração, frutificação, desenvolvimento dos frutos até a colheita, a Agrodan destaca-se também com sua estrutura e inovação no processos pós-colheita.

Este que é um dos principais desafios enfrentados pelos exportadores de frutas. Já que é preciso garantir que os produtos mantenham sua qualidade durante no pós-colheita. Essa etapa é crucial, pois os produtos devem atender às exigências rigorosas dos mercados internacionais e é neste momento que as Packing Houses entram em cena.

Essas instalações são responsáveis por todo o processo de preparo das frutas para exportação, desde a triagem até o empacotamento final. Elas garantem que cada fruta esteja em perfeitas condições para ser transportada, sem perder qualidade e frescor. E, para que isso aconteça de forma eficiente, a tecnologia se tornou indispensável. “Temos dois Packing Houses, os mais modernos do mundo onde fazemos todo o processamento com o auxílio de robôs”, diz Dantas. 

Esse equipamento realiza a seleção e classifica automaticamente as frutas por: peso, coloração, defeitos. “Esse robô tira mais de 20 fotos simultâneas de cada manga, fazendo a classificação de qualidade. Sua capacidade é de processar até 40 toneladas por hora, o que significa 80 mil mangas/h, totalizando 1,6 milhões de fotos/h”, detalha o produtor.

Após classificadas, essas mangas são embaladas em caixas de 4 kg e seguem para o resfriamento e posteriormente para as câmaras frias. De lá, vão para os contêineres onde serão embarcadas em navios com destino à Europa, abastecendo as grandes redes de supermercado e atacadistas de lá.

Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA

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