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AGU pede que STF reveja decisão favorável para obras do BRT
16 de Março de 2023 as 06h 33min
Anteprojeto do BRT em Cuiabá e Várzea Grande — Foto: Divulgação
A Advocacia-Geral da União entrou com recurso para que o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), reconsidere a decisão favorável ao governo estadual de Mato Grosso que revogou o acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) que determinava a suspensão de todas as obras relativas à troca do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), na região metropolitana de Cuiabá.
Se a decisão monocrática for mantida, o advogado-geral da União, Gustavo Henrique Catisane Diniz, pede que o caso seja julgado pelo Tribunal do STF.
O Governo Estadual alegava, em processo que determinou que o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) seria responsável por acompanhar e fiscalizar as obras para troca do modal, que a obra não contava com recursos federais, apenas com contratos de financiamento celebrados com a Caixa Econômica Federal, através do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), e com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Porém, Diniz aponta que trata-se de “equivocada compreensão da estruturação e da dinâmica do mencionado empreendimento, o qual se desenvolveu - e se desenvolverá – com a intensa participação de órgãos e entidades do Governo Federal”.
Acrescenta também “que não se trata de obra que afeta apenas ao Estado do Mato Grosso, mas de empreendimento conjunto que conta com a intensa e ativa participação do Ministério do Desenvolvimento Regional e da Caixa Econômica Federal” e aponta que a fiscalização do TCU não exclui as atribuições do TCE-MT, que continuaria competete para acompanhar o empreendimento, já que também há recursos estaduais e municipais.
BRT X VLT
A obra do VLT custou mais de R$ 1 bilhão e, atualmente, está sendo demolida. Dos 22 km de trilhos previstos no projeto – e que contavam com ferro da Polônia e borracha da Itália –, seis já estavam prontos, mas estão sendo jogados fora. O prejuízo está calculado em quase R$ 89 milhões, segundo o consórcio que implantaria o modal.
O VLT era uma das obras para a Copa do Mundo no Brasil, mas a construção parou ainda em 2014 por meio de decreto estadual. De acordo com o consórcio, em estimativa feita cinco anos atrás, seriam necessários mais R$ 922 milhões para terminar a obra.
Porém, o Governo Estadual rompeu administrativamente o contrato em 2017, na gestão de Pedro Taques, em meio a denúncias de corrupção e desvio de dinheiro, conforme investigação da Polícia Federal e Ministério Público Federal. O consórcio recorreu na Justiça e teve o recurso negado.
Em 2020, o governador Mauro Mendes decidiu substituir o modal, de VLT para BRT, que era a escolha inicial do estado, dessa vez com ônibus elétricos. O governo disse que a mudança para o BRT está baseada em um estudo técnico.
“Fizemos um estudo muito profundo com a participação de entes federais, do estado, de prefeituras, e chegamos à conclusão de que o BRT é moderno, eficiente e vai custar praticamente a metade do preço que nós gastaríamos só para terminar o VLT”, diz o governador Mauro Mendes.
A licitação do BRT já foi feita, mas o Ministério Público de Mato Grosso investiga supostas irregularidades na licitação. A denúncia foi feita pela prefeitura de Cuiabá, que é contra a mudança.
“Não há o menor bom-senso em dizer que o BRT, que está começando do zero, é mais barato que o VLT, que já tinha 70% das obras executadas e boa parte dos seus recursos pagos”, ressalta o prefeito Emanuel Pinheiro.
O governo de Mato Grosso declarou que o contrato previa que o VLT seria entregue pronto, que os equipamentos comprados são do consórcio responsável pela obra e que entrou na Justiça para receber indenização de todo o valor que o estado investiu.
O consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande afirma que o desmonte do projeto não encontra amparo de ordem técnica ou econômica, que mantém a guarda e manutenção dos trens até uma decisão da Justiça e que sempre esteve à disposição do estado para uma solução legítima e viável para concluir o projeto.
Fonte: DA REPORTAGEM - G1-MT
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