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Aliança entre PL e União pode redefinir 2026 em MT
16 de Junho de 2025 as 07h 18min

A possível costura de uma chapa majoritária o PL de Wellington Fagundes ao União Brasil de Mauro Mendes pode representar muito mais que uma aliança pragmática: ela tem o potencial de redesenhar o tabuleiro político de Mato Grosso em 2026.
O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini é o grande entusiasta desta coligação com uma inversão de posições, que incluiria o senador Wellington Fagundes como candidato ao governo e o atual governador Mauro Mendes disputando o Senado.
A composição contemplaria ainda os deputados federais Fábio Garcia como candidato a vice-governador e José Medeiros na outra vaga ao Senado, além da primeira-dama Virginia Mendes com a possibilidade de disputar a Câmara Federal.
Na prática, se trata de um reposicionamento estratégico que pode unir dois dos maiores ativos eleitorais da direita mato-grossense: a máquina do Estado, comandada atualmente por Mendes, e a retaguarda ideológica e militante do bolsonarismo, representada por Fagundes e seus aliados no PL como o prefeito de Cuiabá.
A aliança, se confirmada, tem potencial para monopolizar boa parte do eleitorado conservador, polarizando o pleito estadual e dificultando manobras da centro-esquerda e de candidaturas independentes.
Embora oficialmente o projeto do União Brasil siga alinhado à candidatura do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), a conjuntura nacional e as movimentações de bastidor indicam um cenário em aberto. Com a federação entre MDB e Republicanos prestes a ser formalizada em nível nacional, Pivetta pode enfrentar obstáculos internos.
Para seguir viável, Pivetta teria que trocar de partido ou aceitar compor com Janaina em uma chapa majoritária — uma equação complexa, e praticamente inviável, principalmente após os ataques da deputada ao governo de Mato Grosso desferido nas últimas semanas.
Se levada adiante, essa articulação entre o grupo de Mauro Mendes e de Wellington Fagundes não apenas isolaria potenciais adversários dentro da própria direita — como Pivetta —, mas ainda esvaziaria possíveis candidaturas alternativas ao Senado. Trata-se de uma construção que busca unidade, hegemonia e — principalmente — vitória.
A interrogação que permanece é: o governador Mauro Mendes está disposto a romper com o compromisso público assumido com Pivetta? Ou a possível composição com o PL é apenas uma carta na manga para um cenário em que o atual vice não consiga decolar eleitoralmente?
Enquanto 2026 ainda parece distante, os primeiros movimentos já indicam que as primeiras peças neste tabuleiro político já se posicionam e que as peças mais decisivas, embora silenciosas, começam a se mover.
Fonte: DA REPORTAGEM
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