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Segunda Feira, 16 de Junho de 2025

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Alta da inadimplência e prazos maiores sinalizam novo ciclo no crédito rural

16 de Junho de 2025 as 09h 19min

Ferramenta começa a operar em todos os bancos no dia 16 de junho - Foto: Divulgação

O financiamento do agronegócio brasileiro passa por uma transformação silenciosa, impulsionada pela alta da inadimplência, mudanças estruturais nas operações de crédito e a consolidação da Cédula de Produto Rural (CPR) como ferramenta central de financiamento no campo.

Dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil mostram que a inadimplência entre pessoas jurídicas subiu de 0,60% para 0,76% entre março de 2023 e março de 2024 — um avanço de 26,7%. O movimento ocorre em meio a um cenário macroeconômico desafiador, com juros ainda elevados, queda de receita no campo e tentativa de recomposição de margens após investimentos robustos.

Além disso, o prazo médio dos financiamentos concedidos para pessoas jurídicas no setor rural também aumentou. Informações do Banco Central apontam que, entre abril de 2024 e abril de 2025, o prazo médio total das concessões subiu de 19,41 meses para 31,92 meses, uma alta de 64%.

Nas operações com taxas reguladas, a extensão dos prazos foi ainda mais acentuada. O tempo médio saltou de 25,13 meses para 48,15 meses, crescimento de 92%. A tendência indica uma mudança estrutural no perfil do crédito rural, que passa a ter horizontes mais longos diante da complexidade dos investimentos — sobretudo em maquinário e recomposição de áreas produtivas.

Paralelamente, a CPR se consolida como um dos principais instrumentos de garantia e estruturação de crédito no agro. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o estoque da CPR registrou alta de 43% em doze meses, totalizando R$ 325 bilhões em março de 2025.

Nos últimos quatro anos, o salto foi expressivo. O valor das CPRs registradas passou de R$ 34 bilhões em 2021 para R$ 484 bilhões em março deste ano — um crescimento acumulado de 1.323%. As discussões em torno do próximo Plano Safra ocorrem nesse contexto de transformação, com o crédito mais caro, mais lento e, ao mesmo tempo, mais dependente de garantias privadas.

Fonte: DA REPORTAGEM

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