Ancelotti testa ataque com Matheus Cunha e Raphinha ao lado de Vini

10 de Junho de 2025 as 07h 37min

Matheus Cunha e Raphinha treinaram como novidades na Seleção que se prepara para encarar o Paraguai. Se a parte ofensiva foi a carência diante do Equador, Carlo Ancelotti fez logo duas mudanças em treinamento realizado na manhã desta segunda-feira (9) no CT Joaquim Grava, do Corinthians, em São Paulo.

O retorno de Raphinha após cumprir suspensão já era esperado no lugar do jovem Estevão, mas o italiano também observou Matheus Cunha no lugar de Richarlison. A formação dá mais mobilidade ao ataque brasileiro para a partida em que tem chances de garantir a classificação antecipada para a Copa de 2026.

Cunha já tinha substituído Richarlison em Guayaquil, e Ancelotti chegou a falar em entrevistas da diferença de características entre os concorrentes. Enquanto o atacante do Tottenham é mais referência na área, o recém-contratado pelo United circula para que Vini e Raphinha possam atacar o espaço mais próximo do gol.

Já durante o sábado, Ancelotti conversou com os jogadores para falar da mudança e orientar quanto aos movimentos. A escalação, no entanto, só será confirmada no trabalho de segunda-feira, na Neo Química Arena, palco do confronto com os paraguaios.

No restante da equipe, não houve alterações, e o Brasil treinou com Alisson, Vanderson, Marquinhos, Alex e Alex Sandro; Casemiro, Bruno Guimarães e Gerson; Raphinha, Matheus Cunha e Vini Jr.

Ao longo do treino, o técnico italiano testou variações táticas, como a utilização de quatro atacantes. Nesse cenário, um meio-campista (primeiro Gerson, depois Bruno Guimarães) foi sacado para a entrada de Gabriel Martinelli e, posteriormente, Richarlison. Tal esquema mais ofensivo pode ser uma alternativa a ser usada ao longo da partida contra o Paraguai.

Com 22 pontos, o Brasil é o quarto colocado das eliminatórias, atrás justamente do Paraguai, do Equador e da Argentina. A partida pela 16ª rodada começa às 20h45 desta terça (10), na Neo Química Arena, em São Paulo.

Caso vença e o Uruguai supere a Venezuela em partida às 20h, em Montevidéu, o Brasil se garante antecipadamente na Copa do Mundo de 2026.

CASEMIRO

Com a experiência de quem trabalhou e foi multicampeão com Carlo Ancelotti, Casemiro não poupou elogios ao treinador em entrevista coletiva neste domingo. Porém, o volante do Manchester United fez questão de destacar: está de volta à seleção brasileira pelo que apresentou ao longo da temporada, não por conhecer o italiano.

Aos 33 anos, Casemiro voltou a ser convocado após um ano e meio longe da Seleção. Ele não vestia a amarelinha desde outubro de 2023. Depois, ficou fora da última lista de Fernando Diniz e não trabalhou com Dorival Júnior - ele esteve na primeira convocação, mas acabou cortado.

No Manchester United ele também chegou a perder espaço, mas reconquistou a titularidade com o técnico Rúben Amorim. “Para mim, esse ano foi um dos anos mais importantes da minha carreira. Até mesmo por escolha do treinador você acaba estando de fora, mas nunca deixei de trabalhar, esse é meu grande êxito. Sem dúvidas, é um dos anos mais importantes, se não for o ano mais importante. Todo mundo quer falar de títulos, vitórias, grandes jogos, mas quando você não joga e consegue mudar a opinião de um treinador que chega e não te coloca para jogar, aí você recebe elogios de um treinador que não conta contigo” disse Casemiro.

“Sem dúvida, foi um dos anos com mais resiliência, foi um dos anos mais felizes da minha carreira. Fico feliz por voltar à seleção, voltar com bom futebol, isso é o que eu gostaria de dar mais ênfase. Não estou aqui por conhecer o treinador, mas por merecimento. Sem dúvida, foi um dos anos mais importantes da minha carreira”, completou.

Em diferentes momentos da entrevista Casemiro fez elogios a Carlo Ancelotti. Juntos, eles marcaram época pelo Real Madrid, da Espanha, tendo conquistado juntos duas Champions League, uma Supercopa da Uefa, um Campeonato Espanhol, uma Supercopa da Espanha e uma Copa do Rei.

Fonte: DA REPORTAGEM