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Após fim do período de chuvas, pecuaristas começam confinamento
14 de Maio de 2022 as 10h 30min
Os bois passam pelo confinamento após o período de chuvas em MT — Foto: ReproduçãoApós o fim do período de chuvas, os pecuaristas de Mato Grosso começam a confinar os bovinos para garantir o ganho de peso antes do abate. Os animais ficam até 100 dias em confinamento comendo em torno de cinco vezes ao dia.
Na fazenda do pecuarista Fábio Neves que fica em Rondonópolis, cerca de 10 mil animais ficam confinados. Segundo o pecuarista, no ano passado a média foi a mesma e ele pretende manter neste ano.
“Nós compramos bezerros no período da desmama e criamos esses animais a parto durante seis a oito meses. Depois trazemos para o confinamento e ficam por volta de dois anos. Cada animal fica por mais ou menos 100 dias”, contou.
A alimentação na fazenda é ofertada cinco vezes ao dia. Em comparação ao passado, o que mudou na dieta dos animais é que saíram os derivados da soja e entraram os derivados do milho por causa dos custos. Segundo o pecuarista, para garantir preços melhores, ele comprou os insumos há seis meses.
“A gente fica acompanhando o mercado e quando achamos o milho em uma posição que dava uma rentabilidade, fechamos esse o grão por volta de R$ 60 a saca. Hoje o milho está custando R$ 80. Então tivemos um preço menor garantido”, disse.
O produtor explica que a ideia no confinamento é conseguir uma dieta pro máximo ganho de peso com o menor custo e ele espera comercializar o animal por até R$330 com destino à China.
Em outra fazenda, em Jaciara, a gerente administrativa do local, Jucileide Bezerra, explica que os animais passam primeiro por um semi-confinamento ou uma terminação intensiva a pasto (Tip).
“A Tip nada é um confinamento a pasto com mais espaço e com capim. O custo da arroba produzida fica um pouco menor. No período de 30 a 40 dias antes do abate, a gente coloca os bois no semiconfinamento para dar uma cobertura um pouco melhor e a gente termina ela no confinamento. Depois eles vão para o abate”, disse.
O pecuarista e proprietário da fazenda Jorge Schinoca contou que no ano passado foram cerca de 800 mil bois no local.
“Esse ano também vai permanecer a quantidade. Nós temos a vantagem que é produção própria, então é uma pecuária de ciclo curto. Em menos de dois anos, esses animais precisam sair, eles já vêm carimbados com prazo de validade”, disse.
Fonte: DA REPORTAGEM
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