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Apenas 1 em cada 3 candidatos em Mato Grosso possui curso superior
29 de Agosto de 2024 as 04h 59min

Fica difícil um país com dimensões continentais como o Brasil exigir melhores condições de educação quando nem seus representantes políticos possuem diploma do ensino superior.
Dados sobre o perfil dos candidatos em Mato Grosso mostram um panorama revelador – e preocupante – sobre a diversidade de gênero, raça, idade, estado civil, nível de instrução, entre outros aspectos dos concorrentes.
Essas estatísticas, disponibilizadas pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), apontam para um cenário de grande pluralidade. Dos 10.267 que pediram registros de candidaturas a vereador e 366 a prefeito, 65% dos candidatos são homens (7.180) e 35% são mulheres (3.822).
Metade dos candidatos é casada (50%), enquanto 38% são solteiros. 10% são divorciados/separados judicialmente e 2% de viúvos.
A faixa etária predominante entre os candidatos está entre 45 e 49 anos, totalizando 1.845 pessoas, seguida de perto pela faixa dos 40 aos 44 anos, com 1.806 candidatos.
De 50 a 54 anos, são 1.748. Os demais estão distribuídos em outras faixas etárias, sendo que 4 candidatos têm entre 85 e 89 anos e apenas 9 acabaram de atingir a maioridade, aos 18 anos.
SEM DIPLOMA
Em termos de escolaridade, 36,49% dos candidatos têm ensino médio completo, 33,11% que têm ensino superior completo. 9,92% tem apenas o ensino fundamental completo, enquanto outros candidatos apresentam graus variados de escolaridade, desde ensino médio e fundamental incompletos. 2,45% informaram apenas saber ler e escrever.
Ainda de acordo com os registros da justiça eleitoral, 52,61% dos candidatos se declararam pardos, 33,53% brancos e 11,19% pretos. Apenas 1,15% dos candidatos se identificaram como indígenas, representando 126 pessoas, e 1% se declarou quilombola, totalizando 87 candidatos. Há ainda candidatos que se declararam amarelos (0,73%) e 0,8% que optaram por não informar.
Segundo o cientista político João Edisom, ao comparar os dados deste ano com os pleitos de anos anteriores, é possível observar pequenos avanços, mas também grandes desafios na política mato-grossense.
“Esse crescimento tímido na participação feminina se deve ao fato de que a inclusão das mulheres na política é consequência das dinâmicas sociais. Os homens possuem um histórico milenar de liderança e autogestão. Lembrando que, no Brasil, o voto feminino só foi permitido em 1934”.
Segundo ele, a equiparação na política não ocorre de forma isolada, mas sim como um reflexo das transformações sociais. “Por isso, é fundamental que mais mulheres ocupem cargos públicos, para acelerar o processo de equidade. A representatividade se dá pela identidade”, destacou Edisom.
A presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, desembargadora Maria Aparecida Ribeiro, analisa que os dados evidenciam a complexidade e a diversidade do cenário eleitoral em Mato Grosso.
“À medida que as eleições se aproximam, fica cada vez mais claro que, embora haja uma variedade de perfis entre os candidatos, a luta por uma representatividade mais ampla e equitativa ainda é necessária. A participação de todos os segmentos da sociedade nas eleições é fundamental para garantir que as políticas públicas reflitam de fato as necessidades e os interesses de toda a população”, destacou a desembargadora, via assessoria do TRE.
Fonte: DA REPORTAGEM
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