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Aprosoja mostrou sustentabilidade da produção na Missão Europa 2024
20 de Dezembro de 2024 as 07h 23min

A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) realizou neste ano a Missão Logística Europa, uma jornada estratégica que passou por Países Baixos, Bélgica, Alemanha e França.
O principal objetivo da missão foi reforçar as boas práticas de sustentabilidade adotadas pelos produtores mato-grossenses e discutir os desafios impostos pela nova lei antidesmatamento da União Europeia, que pode afetar diretamente a exportação de produtos agrícolas brasileiros.
A comitiva, liderada pelo presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber, contou com a participação de autoridades e representantes do setor, incluindo o presidente da Aprosoja Brasil, Maurício Buffon; o diretor de navegação e desenvolvimento do Ministério de Portos e Aeroportos, Otto Luiz Burlier; o senador Wellington Fagundes (PL); a deputada federal Coronel Fernanda (PL); e o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania), vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).
Durante a missão, a comitiva mato-grossense teve a oportunidade de visitar importantes portos europeus — Roterdã, Porto de Antuérpia, Porto de Hamburgo e Porto de Rouen — e se reunir com autoridades e embaixadores - Embaixador Fernando Simas, em Haia, nos Paíxes Baixos; Embaixador Pedro Miguel, em Bruxelas na Bélgica; Embaixador Roberto Jaguaribe, em Berlim na Alemanha - para discutir o impacto da nova lei antidesmatamento da União Europeia e estreitar relações comerciais.
Um dos principais pontos de discussão durante a missão foi a nova legislação ambiental da União Europeia, que estabelece restrições rigorosas sobre a importação de produtos ligados ao desmatamento ilegal. Por isso, os representantes da Aprosoja MT usaram a viagem para destacar as boas práticas já adotadas pelos produtores de Mato Grosso, como o cumprimento do Código Ambiental Brasileiro, um dos mais rígidos do mundo.
Lucas Costa Beber enfatizou que a missão foi uma oportunidade de reforçar o compromisso do estado com a sustentabilidade e de apresentar os projetos da Aprosoja MT voltados para o meio ambiente. “O Brasil tem um dos códigos ambientais mais exigentes do planeta, e é importante mostrar que estamos avançando em sustentabilidade, apesar das dificuldades externas”, afirmou.
E uma semana após as agendas da missão, a Comissão Europeia anunciou o pedido para que a lei da União Europeia (UE) entre em vigor somente no final de 2025. “A pressão da nossa entidade, somada à pressão política e de outras entidades, mas principalmente da Aprosoja Mato Grosso, que representa os produtores de soja, uma das principais culturas exportadas para a Europa, teve efeito. Nós fomos para a União Europeia, visitamos várias embaixadas, ministérios da agricultura de alguns países e a Comissão Agrícola Europeia, pedimos o adiamento da aplicabilidade da lei antidesmatamento e recebemos a boa notícia do adiamento por mais um ano, ou seja, devido à dificuldade da execução, viabilidade e aplicabilidade, nós conseguimos mais um ano para que ela passe a ter vigência. Nosso trabalho surtiu efeito, motivo de orgulho para todos os produtores do Mato Grosso e do Brasil”, disse o presidente da Aprosoja MT, Lucas Costa Beber.
Maurício Buffon, presidente da Aprosoja Brasil, celebrou o adiamento, mas alertou para a necessidade de estratégias mais eficazes para atender às novas normas da União Europeia. “A missão foi muito produtiva. Trocamos ideias com produtores e autoridades, e discutimos formas de lidar com os impactos da legislação. Agora, precisamos buscar alternativas para que o produtor brasileiro continue competitivo, respeitando as normas ambientais internacionais”, afirmou Buffon.
A comitiva também se deparou com os desafios logísticos enfrentados pelos produtores brasileiros. Otto Luiz Burlier, diretor do Ministério de Portos e Aeroportos, destacou o aprendizado proporcionado pela visita aos sistemas logísticos europeus. “Fomos conhecer de perto a eficiência da logística da Europa, com sua integração entre hidrovias, ferrovias e rodovias. Isso nos dá uma visão clara de como podemos melhorar o sistema no Brasil”, explicou.
Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA
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