Aston Martin planeja oferta de R$ 7 bilhões para ter Verstappen

17 de Janeiro de 2025 as 13h 46min

A Aston Martin quer investir firme para se tornar campeã da Fórmula 1 e já definiu seu alvo para o futuro: o tetracampeão Max Verstappen. De acordo com o jornal "Daily Mail", a escuderia britânica quer costurar uma oferta de 1 bilhão de libras (R$ 7,3 bilhões de reais, na atual cotação) ao longo de toda a permanência na equipe para contratar o holandês.

O acordo seria um dos maiores da história do esporte e quase certamente incluiria a participação de Max Verstappen em parte das ações da equipe baseada em Silverstone.

A publicação afirma que Jefferson Slack, nome ligado a Lawrence Stroll (bilionário dono da Aston Martin e pai do piloto Lance Stroll), já está comunicando a possíveis patrocinadores que vai contar com a estrela da Fórmula 1 - embora este seja um desejo e não um fato concreto na atual situação.

Max Verstappen tem 27 anos de idade e um contrato longo com a RBR: o vínculo do holandês acaba apenas em 2028. O atual campeão da Fórmula 1 ainda não definiu qual será seu futuro e já chegou a afirmar em algumas oportunidades que pode se aposentar quando o contrato vigente terminar. No entanto, com as possibilidades abertas, a ida para a Aston Martin é, teoricamente, viável.

Na prática, a escuderia inglesa vai precisar desembolsar um valor altíssimo para bancar também os vencimentos do holandês da RBR. Max foi o piloto mais bem pago da Fórmula 1 em 2024, de acordo com levantamento da "Forbes". Apenas em salários, ele recebeu um valor recorde de 60 milhões de dólares (R$ 361,9 milhões, na atual cotação) na temporada de 2024.

Soma-se a isso o bônus de 15 milhões de dólares (R$ 90,4 milhões} recebido - o cálculo da revista não leva em conta os valores individuais de patrocínios, que aumentariam ainda mais a quantia.

De acordo com o jornal, a Aston Martin já tem contatos informais com o entorno de Verstappen, mas a maioria deles para tratar de corridas de endurance (longa distância), uma das paixões de Max. Por parte do piloto e daqueles que o cercam, espera-se que as opções sejam mantidas em aberto para entender como o carro da RBR vai se comportar a partir de 2026.

A Fórmula 1 terá mudanças no regulamento a partir do ano que vem: uma delas em motores. O pacote foca no desenvolvimento tecnológico e na sustentabilidade, além de tentar atrair novas marcas para a categoria - o que parece estar dando certo. A RBR, por exemplo, vai usar a partir de 2026 motores Ford, ausente do grid desde 2004.

O desenho dos carros da categoria também vai ganhar uma nova cara (veja aqui a projeção da FIA). O modelo promete ser mais ágil, e uma das novidades é o fim do DRS (sistema de redução de arrasto). Além disso, será implementado um botão de "ultrapassagem manual" que poderá ser ativado na pista pelos pilotos. A redução do efeito-solo é outro ponto importante.

Com tantas mudanças na aerodinâmica e nos motores, as dez equipes do grid - e a GM/Cadillac, que será a 11ª a partir de 2026 - já estão investindo nos futuros carros, e ainda não há como saber quem vai melhorar ou piorar. Uma possível queda de rendimento da RBR pode ser um fator a mais para Max Verstappen deixar a escuderia austríaca.

A Aston Martin, por sua vez, negou por meio de um porta-voz os contatos de Slack para ter Verstappen e ressaltou que a dupla de pilotos da equipe para 2025 já está definida, com o veterano Fernando Alonso e Lance Stroll. Além deles, o brasileiro Felipe Drugovich ocupa o posto de reserva e foi mantido para a atual edição.

Porém, uma fonte consultada pela publicação inglesa afirma que o bilionário Lawrence Stroll quer fazer de tudo para acabar com o domínio de RBR e Mercedes e conquistar o título - o que inclui convencer o holandês a se unir ao time. De fato, a Aston Martin vem se reforçando cada vez mais para progredir e incomodar as principais escuderias da categoria.

Fonte: DA REPORTAGEM