Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Terça Feira, 01 de Julho de 2025

Noticias

Autor de chacina vai a júri popular

29 de Agosto de 2023 as 15h 22min

Edgar matou 7 pessoas; comparsa morreu – Foto: Divulgação

A juíza da 1ª Vara Criminal de Sinop, Rosângela Zacarkim dos Santos, decidiu que Edgar Ricardo de Oliveira, 30 anos, autor da chacina em um bar em que vitimou sete pessoas, deve ir a júri popular. A data do julgamento não foi divulgada.

O caso deve ser analisado pelo tribunal por se tratar de um crime contra a vida, o que está previsto no Código Penal.

“A prova da materialidade do delito e de indícios suficientes de autoria, profere a decisão de pronúncia, encerrando a fase de formação da culpa, inaugurando a fase de preparação do plenário, que levará a julgamento de mérito”, disse, na decisão.

O réu será julgado por sete homicídios qualificados. Contra seis vítimas, a denúncia é de assassinatos triplamente qualificados, cometidos por motivo torpe, de maneira cruel ou de forma que resultou em perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas. Pela morte de Larissa, o réu será julgado por homicídio com quatro qualificadoras, incluindo crime cometido contra menor de 14 anos.

“Entendo que há indícios de que o crime foi praticado por motivo torpe, impulsionado pelo sentimento de vingança, em razão de o réu perder aposta em jogo de bilhar, utilizando-se de meio cruel, consistente no emprego de armas de fogo de elevado potencial lesivo e causadora de múltiplas lesões simultâneas, sendo as vítimas atingidas uma a uma, a maioria a curta distância, supostamente resultando em perigo comum, visto que os disparos foram efetuados em estabelecimento comercial, com várias pessoas e em direção à rua, colocando em risco número indeterminado de pessoas, bem como que uma das vítimas possuía tenra idade, sendo menor de 14 anos”, afirmou juíza Rosângela Zacarkim dos Santos.

“Além disso, também há indícios de que o crime foi cometido mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, posto que, as vítimas Maciel, Orisberto, Elizeu, Getúlio e Josué foram rendidas e encurraladas na parece, tendo os disparos sido efetuados, bem como as vítimas Adriano e Larissa, foram alvejadas pelas costas, enquanto corriam do local, de modo que não puderam esboçar qualquer reação defensiva”, complementou a juíza.

A magistrada também determinou que o réu deverá aguardar o julgamento na cadeia. Ela citou a necessidade de garantia da ordem pública “em razão da periculosidade real do agente, constatada do modus operandi supostamente utilizado para o cometimento do delito”.

O CRIME

No dia 21 de fevereiro deste ano, Edgar Ricardo Oliveira e Ezequias Souza Ribeiro mataram sete pessoas após perderem cerca de R$ 4 mil em uma aposta de sinuca. Um vídeo registrado pelas câmeras de segurança do bar mostrou o momento em que Ezequias, com uma pistola, pede para que as algumas das vítimas fiquem de costas, viradas para a parede.

Enquanto isso, Edgar pega uma espingarda calibre 12 mm na caminhonete e atira contra as vítimas. Algumas das pessoas tentam correr, mas são atingidas fora do bar. Após a execução, os homens roubaram o dinheiro que estava em uma das mesas de sinuca, além de outros objetos do bar. Eles fugiram em uma caminhonete.

Além dos suspeitos, nove pessoas estavam no local. Seis morreram no bar e um homem foi socorrido em estado grave pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu. Edgar tinha registro como CAC, grupo formado por caçadores esportivos, atiradores e colecionadores. O Exército cancelou o certificado dele, após o crime. A Federação de Tiro de Mato Grosso (FTMT) informou, na época, que ele foi desligado da organização por ausência.

Já o comparsa dele, 27 anos, morreu em confronto com o Batalhão de Operações Especiais (Bope), durante a operação que buscava pelos autores do crime.

CRONOLOGIA

- O suspeito Edgar e a vítima Getúlio combinaram, dias antes, de jogar sinuca, a dinheiro, no bar onde o crime aconteceu.

- Na manhã de 21 de fevereiro, os dois iniciaram as apostas. Edgar perdeu cerca de R$ 4 mil e foi para casa.

- Getúlio continuou no bar, junto com a esposa e a filha, onde almoçaram e ficaram conversando com amigos.

- Durante a tarde, Edgar voltou na companhia de Ezequias e desafiaram Getúlio novamente.

- O clima no local era tranquilo e não houve discussão ou qualquer outra desavença, segundo testemunhas relataram ao delegado.

- A dupla perdeu mais partidas para Getúlio. Edgar fica revoltado, joga o taco de sinuca na mesa, dá um sinal para Ezequias, que rende todas as pessoas, enquanto o comparsa pega uma espingarda no carro.

- Ezequias dá um tiro em Bruno, dono do bar, e depois um tiro pelas costas do Getúlio, que cai, e recebe mais dois disparos na cabeça.

- Enquanto isso, Edgar dispara nas outras vítimas que estavam no local.

- Três pessoas correm para fora do bar, entre elas a adolescente. Ela e outra vítima são atingidas pelas costas. A outra pessoa é Luiz Carlos, que sobrevive.

- Após a execução, os homens pegam o dinheiro que está em uma das mesas de sinuca e outros objetos pelo bar e fogem em uma caminhonete que estava estacionada em frente ao local.

Fonte: DA REPORTAGEM

Veja Mais

Renato Paiva é demitido do Botafogo

Publicado em 30 de Junho de 2025 ás 17h 09min


TRAGÉDIA NA BR-163

Publicado em 30 de Junho de 2025 ás 15h 08min


Mulher avança cruzamento e é atingida por viatura da PM

Publicado em 30 de Junho de 2025 ás 14h 08min


Jornal Online

Edição nº1574 - 01/07/2025