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Terça Feira, 22 de Julho de 2025

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Aviação agrícola cresce, mas enfrenta mitos e pressão política e externa

22 de Julho de 2025 as 07h 23min

País vive expansão da frota e papel estratégico na produção de alimentos – Foto: Divulgação

A aviação agrícola brasileira vive um momento de crescimento, acompanhando o avanço do agronegócio nacional. Com uma frota de aproximadamente 2,5 mil aeronaves em operação no país — sendo 749 delas apenas em Mato Grosso — o setor segue em expansão e deve ultrapassar as três mil unidades nos próximos dois anos, segundo projeções do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag).

Apesar disso, o setor enfrenta uma série de desafios, desde o desconhecimento da sociedade sobre a atividade até o impacto de taxações internacionais e projetos de restrição da atividade. 

“Hoje nós estamos com uma frota de 2,5 mil aeronaves em todo o país. E a maior frota está concentrada no estado de Mato Grosso. Só aqui no estado nós contamos com 749 aeronaves”, destaca a presidente do Sindag, Hoana Almeida Santos.

Ela explica que a aviação agrícola é responsável por aplicações em mais de 15 culturas, com destaque para arroz, soja, milho e algodão. Além do papel fundamental na segurança alimentar, a aviação agrícola também tem investido fortemente em tecnologia e qualificação profissional.

“Hoje nós contamos com [equipamentos] altamente tecnológicos. Com GPS de ponta, onde demarcam os polígonos. Vai tudo programado ali. O piloto simplesmente vai conduzir a aeronave, fazer as manobras e escolher as melhores condições climáticas para que aqueles produtos não sejam dispersados”, salienta Hoana ao programa do Canal Rural Mato Grosso.

Ainda assim, o setor enfrenta forte resistência baseada em desinformação. Mitos como o de que “70% das aplicações se dispersam” ainda circulam, segundo Hoana. “As pessoas não têm noção de quanto custa cada produto aplicado. Como que o produtor vai utilizar uma ferramenta que despreza 70% daquele produto que deveria ir ao alvo? Ele não teria a produtividade que espera se esse produto realmente se dispersasse”.

A presidente do Sindag ressalta que a atividade é altamente regulamentada e exige rigor técnico e operacional. “Não é simplesmente chegar e fazer uma aplicação. É muito burocrático para você hoje abrir uma empresa de aviação agrícola, para fazer tudo conforme manda a legislação”.

Entre os obstáculos, Hoana também menciona os constantes projetos de lei que tentam proibir ou restringir a aviação agrícola com base em argumentos ideológicos. “Tem feito como se fosse um retrocesso no setor. Ao invés de estarmos preocupados em aumentar nossa tecnologia, estamos gastando um tempo para provar que a atividade realmente é segura”.

A atuação política tem sido uma das frentes do Sindag, que representa 90% das empresas do setor — tanto de aeronaves tripuladas quanto de drones. “Nós temos trabalhado muito forte em Brasília, na parte institucional e política, visitando os parlamentares, o Senado, e até mesmo os próprios ministros. Em 2023, fizemos uma audiência pública na Câmara Federal que foi importantíssima, onde diversas entidades do agro puderam falar da eficiência da aviação agrícola”.

TAXAÇÕES PREOCUPAM

Outro ponto de preocupação são as recentes taxações internacionais, como a anunciada pelo presidente americano Donald Trump, que impactam diretamente os custos do setor. “Todas as nossas peças também de aeronaves são dolarizadas. Segundo os fabricantes, só no ano passado entraram mais de 100 aeronaves importadas aqui no Brasil. Essa taxação vai incidir sobre essas aeronaves e você tem que repassar esses custos”, alerta.

Diante desse cenário, a presidente do Sindag reforça a importância da união do setor e da comunicação com a sociedade. “Esse é o nosso trabalho como instituição: representar, fortalecer, manter o setor unido. Uma aeronave gera diretamente cinco empregos. Nós temos um impacto muito grande em caso de proibição, não só na questão dos empregos, mas na cadeia produtiva como um todo”.

Fonte: DA REPORTAGEM - Canal Rural

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