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Biotecnologia pode ser aliada dos produtores contra impactos climáticos
20 de Dezembro de 2023 as 10h 31min

De acordo com a publicação do Estado Global do Clima 2023, divulgado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), até novembro deste ano, a temperatura média da superfície global ficou 1,4°C acima da média histórica. Com este índice, 2023 já é considerado o mais quente em 174 anos de medições meteorológicas e no Brasil não tem sido diferente.
Outro dado alarmante é que o fenômeno climático El Niño deve durar pelo menos até abril de 2024, disse a (OMM), elevando as temperaturas do ano que já está a caminho de ser o mais quente já registrado.
Diante dessas previsões, a classe produtora precisa redobrar a atenção e cuidados, afinal calor extremo em algumas regiões ou excesso de chuvas em outras, certamente vai acarretar grandes impactos nas próximas safras.
Não há como medir forças com a natureza, entretanto, existem alternativas para que os produtores, pelo menos, consigam reduzir os impactos desse cenário.
“A biotecnologia vai ajudar a atenuar o efeito dos fatores abióticos, seja por fortes ondas calor causando estresse hídrico, ou por excesso de chuvas. A falta de água influencia no desenvolvimento vegetativo e o excesso de chuvas podem acarretar o aumento de doenças fúngicas do solo, mas ambas as situações podem ter seus efeitos minimizados através da utilização de fungos e bactérias benéficos”, diz o engenheiro agrônomo, Danilo Cunha Tornisiello, coordenador de pesquisa, desenvolvimento e inovação na Superbac.
Ainda segundo o especialista, as bactérias tolerantes à seca colonizam o sistema radicular das plantas sob estresse abiótico, produzindo exopolissacarídeos, substâncias que hidratam as raízes. Com o sistema radicular mais hidratado, o conteúdo relativo de água das plantas aumenta e elas conseguem lidar melhor com condições de estresse hídrico.
Já em caso de excesso de chuva e surgimento de doenças fúngicas do solo, as bactérias e fungos produzem antibióticos e enzimas capazes de combater os patógenos e controlar as doenças. Além disso, as bactérias produzem ácido salicílico e ácido jasmônico que podem induzir a resistência sistêmica da planta, outro mecanismo indireto dos bacillus para a planta resistir à patógenos. Como forma de manejo preventivo, para ajudar as plantas a terem maior resistência a situações de estresse, o engenheiro agrônomo recomenda manejar o solo para uma construção de perfil físico, químico e biológico.
Uma alternativa é a rotação de culturas, com a utilização com diferentes tipos de plantas de cobertura (além dos cultivos clássicos), plantio direto para construção de palhada, adoção de bioinsumos, entre outras práticas, que quando unidas, podem favorecer a vida do solo, tornando-o mais propício para organismos benéficos.
“Um solo fértil quimicamente, biologicamente e fisicamente, possibilitará um maior crescimento e desenvolvimento de raízes e assim a planta conseguirá melhor explorar o ambiente e resistir mais a fatores abióticos como a seca”, diz.
Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA
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