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Sábado, 01 de Fevereiro de 2025

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BR-163 elevou Sinop para outro patamar na economia

14 de Setembro de 2024 as 07h 00min

Capital do imenso estado, que não se dividira (só viria a acontecer em 1979), Cuiabá é o ponto de partida de uma rodovia que interligaria o Centro-Oeste às regiões centrais do Pará. Anos mais tarde, ela teria fundamental importância a diversos municípios, incluindo Sinop.

A rodovia Cuiabá-Santarém constitui-se em pré-requisito para a ocupação de uma imensa área do Médio-Norte e Norte mato-grossense e Sul do Pará pelos migrantes da região Sul do país.

A história da BR-163 começa em 16 de junho 1970, através do decreto lei nº 1.106, foi lançado o Programa de Integração Nacional (PIN). Sua criação é um marco da ação mais ostensiva do Governo Federal sobre a região Amazônica.

O PIN previa três diretrizes importantes para serem implantadas, e uma delas era a abertura das rodovias Transamazônica (ligando o Nordeste e Belém-Brasília à Amazônia ocidental – Rondônia e Acre) e Cuiabá-Santarém (ligando Mato Grosso à Transamazônica e ao porto de Santarém).

As obras de construção da BR-163 tiveram início em 1971, partindo de Cuiabá em direção ao Norte e, ao mesmo tempo, de Santarém no sentido Sul. Sua construção ficou sob responsabilidade do 9º BEC (Batalhão de Engenharia de Construções do Exército), sediado em Cuiabá, e do 8º BEC, sediado em Santarém.

É nesse período que várias empresas colonizadoras (entre elas a Colonizadora Sinop) já estavam se estabelecendo e abrindo cidades às margens da rodovia. No projeto original, a BR-163 deveria passar onde seria implantada a cidade Vera, porém, interesses econômicos e influência política levaram seu traçado original mais a Oeste, beneficiando Sinop e demais cidades que nasciam em seu eixo.
A passagem de caminhões propiciou a expansão do comércio local, que via a roda da economia girar, trazendo ainda mais gente interessada em crescer pessoal e profissionalmente.

DUPLICAÇÃO ATÉ CUIABÁ

Após o início das obras, foram 5 anos para a conclusão da rodovia – pista única – que, em 20 de outubro de 1976, foi oficialmente inaugurada com 1.777 km de extensão, dos quais 760 km estão em território mato-grossense.

Até hoje, uma das principais lutas de diversas classes (políticas e empresariais) é pela duplicação do trecho mato-grossense da rodovia, que hoje é o principal corredor logístico para escoamento de grãos para os portos do Sul e Sudeste.

Entre os pontos que sustentam a cobrança estão:

- Crescimento do agronegócio: tem levado a um aumento significativo no tráfego de veículos e caminhões na rodovia. O transporte de produtos agrícolas, pecuários e outros materiais sobrecarrega a rodovia, resultando em congestionamentos e atrasos;

- Segurança: a duplicação pode proporcionar faixas adicionais, acostamentos adequados e condições mais seguras para o tráfego, reduzindo assim o número de acidentes com vítimas e melhorando a segurança viária;

- Eficiência Logística: a duplicação vai oferecer uma maior capacidade de transporte, facilitando o escoamento da produção agrícola e outros bens. Isso contribui para a eficiência logística, reduzindo custos de transporte e melhorando a competitividade dos produtos da região.

- Desenvolvimento Regional: a melhora na infraestrutura rodoviária vai impulsionar o desenvolvimento econômico regional. Além de Sinop, outras cidades ao longo da rodovia podem se beneficiar do aumento da conectividade, atraindo investimentos, gerando empregos e promovendo o crescimento econômico sustentável.

Atualmente, entre Sinop e Cuiabá, a rodovia é duplicada apenas em alguns trechos, como entre Rosário Oeste e o Posto Gil; e nas travessias urbanas de Nova Mutum e Sorriso. Em Sinop, a parte duplicada é de 16 km, das proximidades do Jardim Viena até próximo à Avenida Senador Jonas Pinheiro (antiga Perimetral Norte).

SENTINDO NORTE

Além de duplicar a rodovia para o Sul, há interesse significativo na melhoria das condições de tráfego e pavimentação no trecho paraense da BR-163. Em termos de comércio exterior, os portos do Arco Norte representariam economia no frete e menor tempo de transporte. A distância de Sinop para o porto de Santarém é de 1.260 km, trajeto 330 km mais curto se citarmos o porto de Miritituba, distrito de Itaituba.

Além disso, há um importante fator para se pensar ainda mais no escoamento da produção pelo Norte do que pelo Sul/Sudeste do país: a saturação dos portos, especialmente de Santos e Paranaguá. Neste, se formam, constantemente, gigantescas filas de carretas para desembarcar grãos. Situação diferente de Santarém, que vem aumentando a demanda, mas ainda possui capacidade de ampliação. Portanto, a pavimentação da BR-163 é quesito fundamental para o fortalecimento das exportações mato-grossenses e sinopenses, em especial.

Fonte: DA REPORTAGEM

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