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Brasileirão inicia com aumento de 56% no tempo de acréscimos
03 de Maio de 2023 as 11h 17min
Flamengo x Botafogo teve 11 minutos de acréscimos no segundo tempo — Foto: Reprodução
Uma novidade pós-Copa do Catar. O Campeonato Brasileiro de 2023 começou com um aumento considerável no tempo de acréscimos. Nos 30 jogos do Brasileirão disputados até aqui, foram 6 horas, 46 minutos e 30 segundos - média de 13 minutos e 33 segundos por partida.
Um aumento de 56% em relação às edições anteriores. De 2019 a 2022, ano do início dos cartões para as comissões técnicas, o tempo de acréscimos foi de 8 minutos e 40 segundos em média. Se compararmos a reposição apenas do 1º tempo a escalada nos acréscimos é ainda maior, de 81%.
Segundo Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, não há um limite para o árbitro dar de acréscimos na partida. O que vai condicionar isso são as situações de jogo.
“Um exemplo: digamos que num primeiro tempo saíram quatro gols. Quatro gols em um tempo de jogo esses acréscimos nos gols eles têm que ser somados. Agora, se eu tenho um jogo que não tem necessidade de acréscimos, eu não tenho que dar acréscimos. Esse bom senso dentro de situações que ocorram é o que vai nortear o árbitro pros acréscimos”.
Seneme disse que a Copa do Mundo fez com que despertasse o interesse de trazer os benefícios da competição para o futebol. E as mudanças feitas já estão surtindo efeito com maior tempo de bola rolando.
“Nós tivemos o maior tempo de bola rolando do que o ano passado. Isso já demonstra que nós estamos atingindo nosso objetivo. Então assim, os árbitros sendo justos nos acréscimos, como na Copa do Mundo né. Antes de iniciar o campeonato nós tivemos o cuidado de preparar todo mundo, de dizer que iríamos fazer acréscimos de acordo com a necessidade do jogo. Isso vai fazer com que a bola fique mais em jogo e os torcedores, de uma maneira geral, possam desfrutar desse Campeonato Brasileiro tão bonito como está sendo”.
RIGOR DISCIPLINAR
Uma das recomendações que a CBF indicou para os árbitros é punir mais a indisciplina de jogadores e treinadores por reclamação. Considerando desde 2019, quando começaram os cartões para comissão técnica e treinador, a média de cartões por reclamação foi de 0,93 no período. Agora, a média está em 1,77 na atual edição. Um aumento de 90%.
De acordo com o chefe da arbitragem brasileira, houve uma dificuldade com o comportamento dos técnicos e jogadores nos anos anteriores.
“Nós vimos os árbitros mais rigorosos sim em relação aos cartões disciplinares porque os técnicos ou os jogadores em alguns momentos perderam essa linha de respeito. Nada mais a gente quer do que respeito. Respeito aos árbitros. Respeito aos jogadores e aos técnicos. Enfim, respeito ao bom futebol”.
Desde 2019, Abel Ferreira foi quem mais foi advertido com cartões por reclamação no Campeonato Brasileiro: 22. Na edição atual já são três cartões para o técnico do Palmeiras. Entre os jogadores, uma dupla se destaca: Gabigol, do Flamengo e Vina, do Grêmio. Cada um levou 16 cartões.
Entre os times, a dupla do Ceará lidera a estatística de cartões por reclamação no período. O Fortaleza já levou 95 cartões assim e o Ceará, 92. Inter, Santos e Palmeiras completam o top-5.
Para o presidente da Comissão de Arbitragem, o comportamento aqui no futebol brasileiro era pior aqui do que no exterior até o ano passado. Seneme acredita que tanto os técnicos como os jogadores vão se enquadrar e deixar para trás essa fama de indisciplina do futebol brasileiro. A recomendação é se dirigir aos árbitros com educação.
“Na verdade, não existe tolerância zero. Não é essa a instrução aos árbitros. O que nós queremos é equilíbrio. Tem que ser uma comunicação rápida, pertinente e educada. Dessa maneira, eu acredito que vamos ter um equilíbrio e não vamos afetar o andamento do jogo, que é o mais importante”, concluiu o ex-árbitro.
Fonte: DA REPORTAGEM - GE
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