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CHAPADA DOS GUIMARÃES: Santuário de Elefantes tem impacto positivo na fauna e flora locais
Sema realizou visita técnica para acompanhar a evolução
13 de Dezembro de 2019 as 10h 00min

DA REPORTAGEM
Passados três anos do início da operação do Santuário dos Elefantes Brasil, em Chapada dos Guimarães, as áreas que eram utilizadas para pastagem estão em plena regeneração e recomposição. Com a volta do Cerrado, aumenta a oferta de alimentos atraindo diversos tipos de animais, desde perdizes até antas, que antes não eram mais observados na região.
Em visita técnica ao Santuário dos Elefantes Brasil, a secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti constatou os impactos positivos e reforçou a importância de que as alterações sejam documentadas para que sirvam de fontes de pesquisas para universidades e referência para futuros projetos.
“Observando a adaptação dos animais e, principalmente, verificando como essa região se regenerou, nós podemos confirmar que o impacto é positivo tanto para o meio ambiente, como também para a vida desses animais. É muito gratificante saber que Mato Grosso tem um Santuário que protege a vida animal, especialmente animais que sofreram tanto ao longo dos anos”, comemora Mauren.
O presidente do Santuário dos Elefantes no Brasil, Scott Blais, explica que quando chegaram à fazenda que se tornaria o Santuário, o pasto era bem baixo e com poucas árvores. Para o especialista em elefantes, a capacidade de regeneração do Cerrado é impressionante.
“Mesmo já tendo ouvido falar que o cerrado é muito forte e resiliente, foi incrível observar a evolução do bioma”.
IMPORTAÇÃO
O Santuário de Elefantes Brasil localizado em Mato Grosso é o único da América Latina e se prepara para receber elefantes de toda a porção Sul do continente, enquanto o empreendimento do Tennessee recebe elefantes da América do Norte. O Brasil foi escolhido tanto pelo posicionamento geográfico, quanto pelo arcabouço legislativo mais favorável.
Para receber os elefantes de outros países da América Latina, os países devem atender os critérios estabelecidos na Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção. E para isso foi necessária a adequação do empreendimento aos parâmetros solícitos pelo Ibama.
“O Santuário era classificado na categoria de mantenedor de fauna silvestre, uma categoria com atividades limitadas. E com a mudança de categoria para criadouro científico com fins de pesquisa, aumentando as atividades que podem ser executadas e atendendo as exigências do órgão ambiental federal para a importação de novos elefantes”, explica o analista de Meio Ambiente, Marcos Ferramosca.
RELAÇÃO COM
A COMUNIDADE
No início do projeto, explica Scott, havia um receio dos moradores de Chapada dos Guimarães em relação à instalação do empreendimento.
“Muitos moradores em Chapada ficaram apreensivos acreditando que soltaríamos elefantes no Cerrado. Não estamos soltando elefantes no Cerrado, já que o Santuário é uma área protegida. Então, quanto mais as pessoas aprendem sobre o projeto e veem a recuperação dos elefantes, começam a entender e quanto mais entendem, mais apreciam”, confirma.
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