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CITADO POR DELATOR: Geller é alvo de investigação por compra de votos em 2014
Deputado era ministro de Dilma e estaria envolvido em esquema para eleger Eduardo Cunha
10 de Dezembro de 2019 as 06h 30min

CLEMERSON SM / clemersonsm@msn.com
De acordo com informações publicadas pela coluna Radar Online da revista Veja, no dia de ontem (9), o deputado federal mato-grossense, Neri Geller (Progressistas), deve passar a ser alvo de um inquérito que visa apurar uma possível compra de votos entre 2014 e 2015 para a escolha da presidência da Câmara dos Deputados em Brasília. Na época o beneficiário era o deputado federal pelo Rio de Janeiro, Eduardo Cunha (MDB).
O inquérito está sendo aberto pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin e foi um pedido da Procuradoria-geral da República (PGR) que teve como base a delação premiada de alto escalão da JBS.
O ponto de partida da investigação se dá no período em que Geller era ministro da Agricultura do governo Dilma. Na ocasião ele baniu do mercado o uso do “avermectinas”, um agrotóxico poderoso barrado em outros países. A decisão teria impulsionado as exportações da J&F aos EUA.
Com a decisão de Geller, de acordo com Veja, levou ao pagamento de R$ 30 milhões em propina pela J&F a deputados federais.
Este dinheiro seria usado para ajudar no convencimento dos parlamentares a ficarem do lado de Cunha na eleição da Câmara "para fazer contraponto a então presidente Dilma Roussef", segundo o delator.
Há algumas semanas, Geller foi manchete nos principais veículos de imprensa nacionais por ser sido citado em conversas que se tratavam do esquema de propina entre JBS e o PT no ano de 2014.
Interceptações telefônicas feitas com autorização da Justiça indicam pagamento de R$ 6,5 milhões da empresa de Joesley Batista para o PT. As supostas transações financeiras são investigadas pela Polícia Federal. As interceptações datam de 21 de novembro de 2014, quase um mês depois do segundo turno da eleição.
A conversa que cita Neri Geller acontece entre Edinho da Silva, na época coordenador financeiro da campanha de Dilma e hoje prefeito de Araraquara (SP), e Ricardo Saudi, executivo da J&F, controladora da JBS.
Outro deputado mato-grossense, Carlos Bezerra (MDB), também será alvo da investigação.
Eduardo Cunha está preso desde abril de 2016 por acusações de corrupção.
OUTRO LADO
A assessoria de imprensa do parlamentar divulgou nota negando a acusação. “O líder da bancada, deputado federal Neri Geller, esclarece que nunca manteve qualquer tipo de vínculo ou proximidade com Eduardo Cunha e reitera que sua indicação ao Ministério da Agricultura se deu pela Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), pelo seu perfil técnico, na condição de produtor e empresário, ou seja, sem nenhum vínculo direto com partidos. A assessoria jurídica do parlamentar tomará as medidas cabíveis”, diz a nota.
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