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CLIMA QUENTE - Professora chama TJ de “porco” e AMAM acionará servidora na Justiça
Polêmica aconteceu após decisão de desembargadora classificar greve como ilegal
02 de Agosto de 2019 as 00h 00min

CLEMERSON SM
clemersonsm@msn.com
Depois da decisão do Tribunal de Justiça em classificar a greve dos professores como uma ilegalidade, os servidores públicos se revoltaram contra a decisão da desembargadora Maria Erotides Kneip. Uma das servidoras, Maria Aparecida Lopes Moreira, presidente do Sintep/MT de Sinop, chegou a dizer que a decisão do TJ/MT já era esperada e se referiu o Judiciário como “porco”, alegando que o Governo teria “comprado” a liminar contra os grevistas.
“Na verdade, era esperado. A gente até achou que demorou muito para recorrer ao Judiciário porco, né, para comprar uma liminar contra nossa greve. Inclusive, na rede municipal, tivemos na última greve uma ação judicial dizendo que nossa greve era abusiva, com um mandado de prisão contra presidente do Sintep. E na verdade a gente continuou até onde precisou continuar. “Os desembargadores e os juízes não estão com a gente. Eles estão com o Governo, isto está claro. Todo mundo está vendo isso, só não vê quem não quer", disse a servidora em áudio que circula pelo WhatsApp.
REPERCURSSÃO
A fala da servidora chamou atenção e causou reação em diversas frentes. Dentro do próprio Sintep/MT, mesmo não concordando com a decisão do TJ/MT, o secretário de redes municipais Sintep/MT, Henrique Lopes, classificou como um excesso as falas da servidora. “Não vou levantar nenhuma suspeita sobre a conduta da desembargadora. Talvez a colega tenha cometido algum deslize, cometido algum excesso, em função do histórico que tem sido a conduta do Tribunal de Justiça de Mato Grosso”, disse o dirigente em entrevista ao site MidiaNews.
CONTRA-ATAQUE
A Associação Mato-grossense de Magistrados AMAM), após tomar conhecimento das declarações da presidente do Sintep/MT de Sinop, decidiu que vai entrar com uma representadora contra a servidora, tanto na esfera cível, quanto criminal. “Somos defensores da liberdade de expressão. Contudo, discursos meramente difamatórios não podem ser aceitos sob esse pretexto. No estado democrático de Direito se pode muito, mas não tudo. “Entendemos que uma pessoa em posição de liderança não deva, jamais, fazer acusações tão sérias como a de venda de sentença e parcialidade sem apresentar provas. Por isso, medidas já estão sendo tomadas pela associação, que atua na defesa da magistratura, para garantir a reparação dos danos causados”, diz o presidente da Associação dos Magistrados, juiz Tiago Abreu.
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