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Domingo, 16 de Março de 2025

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Colniza e Nova Maringá estão na lista dos que mais desmataram Amazônia e Cerrado

15 de Fevereiro de 2025 as 05h 56min

Desmatamento na Amazônia — Foto: Divulgação

Dois municípios de Mato Grosso estão entre os 10 municípios que mais desmataram os biomas da Amazônia e Cerrado no país. Os dados, analisados entre julho de 2023 a agosto de 2024, foram divulgados pelo Instituto Centro de Vida (ICV) nesta semana.

A pesquisa mostra que 90,8% do desmatamento registrado na Amazônia não foi autorizado. Já no Cerrado a taxa é de 51,1%. A soma nos dois biomas mostra que 67,5% da remoção da vegetação nativa foi ilegal. Além de Mato Grosso, outros estados como Pará, Amazonas e Rondônia se destacaram entre os líderes de desmatamento nos dois biomas.

Os líderes do desmatamento não autorizado na Amazônia e Cerrado são: Novo Aripuanã/AM, Altamira/PA, Itaituba/PA, Nova Maringá/MT, Lábrea/AM, Porto Velho/RO, Apuí/AM, Colniza/MT, Portel/PA e Santa Maria das Barreiras/PA.

Segundo o coordenador do Núcleo de Inteligência Territorial do ICV, Vinícius Silgueiro, o levantamento mostrou que será necessário ações de fiscalização e responsabilização para ajudar a combater o desmatamento.

“Esses resultados evidenciam o tamanho do desafio que é combater o desmatamento ilegal nos maiores e mais pressionados biomas brasileiros. São necessários esforços e mecanismos que inviabilizem economicamente as áreas desmatadas ilegalmente, para acabar com a lógica de que o desmatamento ilegal compensa”, apontou.

DESMATAMENTO LEGAL

O desmatamento legal também ocorre nesses biomas. Segundo a Climate Policy Initiative (CPI), uma organização que analisa políticas públicas e finanças climáticas, a Autorização de Supressão de Vegetação (ASV) é o procedimento administrativo que autoriza o desmatamento em uma determinada área.

Os dez municípios com mais autorizações de desmatamento estão na região conhecida como Matopiba, formada majoritariamente pelo Cerrado. Entre os estados estão o Maranhão com quatro cidades (Balsas, Caxias, São Félix de Balsas e Loreto), Tocantins com quatro (Ponte Alta do Tocantins, Rio Sono, Paranã e Pium), São Desidério (Bahia) e Sebastião Leal (Piauí).

O levantamento cruzou dados de monitoramento do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (PRODES), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), com informações sobre autorizações de desmate do Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor) e de bases estaduais.

EM MATO GROSSO

Em 2024, a Amazônia Legal teve no primeiro bimestre o menor índice de desmatamento em seis anos. O desmatamento da Amazônia teve em fevereiro seu 11º mês consecutivo de redução. Com isso, o primeiro bimestre de 2024 fechou com a menor derrubada da floresta dos últimos seis anos, desde 2018.

Em Mato Grosso, outro levantamento do ICV mostrou que no mesmo período 2% do desmatamento acontece em Unidades de Conservação do estado, como as Cabeceiras do Rio Cuiabá. Em uma área de proteção ambiental, foram registrados 500 hectares de desmate ilegal e 790 hectares de derrubadas com autorização.

Fonte: DA REPORTAGEM

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