Noticias
Como o Novo PAC impacta o saneamento básico?
18 de Agosto de 2023 as 05h 38min

Lançada neste mês pelo Governo Federal, a terceira versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) irá contemplar nove eixos de investimentos em infraestrutura: “Transporte Eficiente e Sustentável”; “Infraestrutura Social Inclusiva”; “Cidades Sustentáveis e Resilientes”; “Água para Todos”; “Inclusão Digital e Conectividade”; “Transição e Segurança Energética”; “Inovação para Indústria da Defesa”; “Educação, Ciência e Tecnologia”; e “Saúde”.
O programa prevê aportes de cerca de R$ 1,7 trilhão em todos os estados do Brasil, com recursos advindos do Orçamento Geral da União (R$ 371 bilhões), empresas estatais (R$ 343 bi), financiamentos (R$ 362 bi) e do setor privado (R$ 612 bi). O novo PAC visa aumentar o volume de investimentos na área de infraestrutura, garantindo assim o desenvolvimento dos habitantes em âmbito social, econômico, urbano e empregatício.
Com um atraso histórico na infraestrutura do saneamento básico, o Brasil ainda enfrenta desafios para levar o acesso à água potável e coleta e tratamento de esgoto para a população.
São mais de 33 milhões de brasileiros que vivem sem o abastecimento do recurso hídrico e cerca de 93 milhões não são atendidos com os serviços de coleta de esgoto.
Não obstante, o país trata apenas 51,2% do esgoto gerado, ou seja, mais de 5,5 mil piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são despejadas na natureza diariamente. Para mudar esse cenário, o fomento de aportes no setor é de suma importância para alcançar a universalização do saneamento.
O novo PAC prevê que o investimento nos sistemas de água e esgoto serão, entre 2023 e 2026, em média de R$ 8,5 bilhões por ano. No total, o valor investido será de R$ 34 bi, sendo R$ 10 bi para água e R$ 24 bi para esgoto, montante esse a ser realizado pelos estados, municípios e setor privado.
O Programa é dividido em alguns eixos. Pelo “Água para Todos”, os investimentos vão promover o acesso à água e fortalecer as comunidades frente aos desafios hídricos e climáticos. Para o abastecimento de água os projetos serão realizados em parceria com os governos estaduais, municipais e com o setor privado, que preveem a construção de adutoras, estações de tratamento, reservatórios e redes domiciliares.
Já com o eixo ‘Cidades Sustentáveis e Resilientes’, os investimentos visam a melhoria das cidades, transformando o espaço mais adequado para garantir boas condições de vida à população. No subeixo ‘esgotamento sanitário’ a prioridade será em empreendimentos nas regiões com maiores déficits urbanos de coleta e tratamento de esgoto, visando ações de ampliação da cobertura sanitária para recuperação ambiental em função da despoluição dos rios, lagos e mares.
Como se sabe, o país tem metas definidas para universalização dos serviços básicos para cumprir até o ano de 2033, em que todas as localidades do país devem garantir que 99% da população brasileira tenha acesso à água potável e 90% ao tratamento e a coleta de esgoto - estabelecidos pela Lei 14.026/2020, o “Novo Marco Legal do Saneamento Básico”.
Segundo o estudo “Avanços do Novo Marco Legal do Saneamento Básico no Brasil – 2023 (SNIS 2021)” lançado pelo Instituto Trata Brasil (ITB) em julho de 2023, o país precisa mais do que dobrar os investimentos em saneamento básico para alcançar a universalização do saneamento até a data limite estabelecida. O relatório aponta que, de acordo com o Plansab, para os próximos 12 anos, período compreendido entre 2022 e 2033, serão necessários investimentos de cerca de R$ 537 bi, o equivalente a R$ 44,8 bi ao ano.
Fonte: DA REPORTAGEM
Veja Mais
Câmara de Sinop autoriza criação de duas comissões especiais
Publicado em 02 de Julho de 2025 ás 08h 39min
Baiano vê vida tomar novos rumos após investir no café em MT
Publicado em 02 de Julho de 2025 ás 07h 34min
Férias de julho impulsionam procura por pet sitter em Sinop
Publicado em 02 de Julho de 2025 ás 06h 39min