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Confira o guia da Copa do Mundo 2022
20 de Novembro de 2022 as 06h 00min

Quando a Fifa anunciou que o Catar seria a sede da Copa do Mundo de 2022, nós, sinceramente, ficamos surpresos. Nos anos seguintes, tínhamos a clara impressão que o país poderia não sediar o evento.
É simples entender as razões: desde as polêmicas sobre como o país conseguiu os votos para superar os favoritos Estados Unidos até as infindáveis denúncias de violações de direitos humanos, especialmente de trabalhadores.
Só que passados 12 anos, aqui estamos e a Copa vai mesmo acontecer no Catar em alguns dias. Centenas de jogadores e milhares de torcedores estarão no Catar para a primeira Copa no Oriente Médio, que poderia ser muito mais atraente e interessante, mas será histórica nesse sentido.
A Copa é o sonho de todos que, de alguma forma, estão envolvidos com futebol. E esse sonho está prestes a recomeçar neste domingo (20). Quatro anos depois de a bola parar de rolar na Rússia, onde a França sagrou-se campeã pela segunda vez, é a vez do Catar receber toda a atenção do planeta por ao menos um mês inteiro.
A 22ª edição do Mundial começa logo com a partida entre os donos da casa e o Equador, às 12h, direto do Al Bayt Stadium, uma das oito arenas que receberão os jogos em 2022. Será apenas o primeiro passo de um torneio que promete ser diferente em vários aspectos.
Pela primeira vez, a Copa acontece em um país do Oriente Médio. E, por isso, sai dos tradicionais meses de junho e julho para interromper a temporada europeia entre novembro e dezembro. Ou seja, espera-se um torneio no mais alto nível técnico, já que boa parte dos convocados chegará longe do tradicional esgotamento físico.
Importante lembrar que as partidas na Copa acontecerão no fuso-horário UTC+3, também conhecido como 'Horário de Moscou', que é contado a partir de mais três horas do horário do Meridiano de Greenwich, em Londres. Isto quer dizer que o horário no Catar está 7 horas à frente em relação à hora de Mato Grosso.
Os jogos da fase de grupos, segundo planejamento da Fifa, acontecerão às 6h, 9h, 11h, 12h e 15h (de MT). O mata-mata terá dois horários: 11h e 15h.
JOGOS IMPERDÍVEIS
A abertura com Catar x Equador pode até não te empolgar, mas a fase de grupos da Copa tem muito jogo interessante que merece um olhar todo especial. Ou dá para ignorar um Argentina x Polônia com direito a Messi x Lewandowski? E o clássico entre a campeã de 2010 (Espanha) e a vencedora de 2014 (Alemanha)? Sem contar o desfile de lendas que Portugal x Uruguai promete.
Concorrentes, casas de apostas e até quem nem na Copa está parecem ser unânimes no discurso de que o Brasil é o principal candidato ao título mundial. Não que isso seja uma novidade na história da seleção canarinho, mas há motivos consistentes para acreditar no hexa.
O Brasil chega ao Mundial com um trabalho consolidado por Tite, no cargo há mais de seis anos. Tem alguns dos grandes jogadores do mundo (Neymar, Alisson, Marquinhos, Casemiro) e uma geração talentosa em grande forma (Vini Jr., Bruno Guimarães, Militão).
O favoritismo talvez só não seja maior porque, pela dificuldade do calendário, o Brasil de Tite não pôde ser testado contra potências da Europa. O enfrentamento, se chegar, será no meio do Mundial, e a falta de embates assim pode pesar.
Adversários capazes de atrapalhar a caminhada brasileira não faltam. De cara, há França e Argentina. A primeira é a atual campeã e conta com uma equipe talentosíssima, enquanto a segunda entra na Copa com uma série invicta que já ultrapassa 3 anos.
Mais seleções brigarão pela taça. Equipes como a Alemanha, por sua tradição, e a Espanha, sempre na disputa depois de ganhar em 2010, jamais podem ser descartadas. Portugal e Inglaterra, com elencos formados por grandes jogadores, também podem se intrometer.
Espaço para surpresa? Raramente na história das Copas elas chegam até a conquista, mas é bom não fechar os olhos. A Dinamarca que o diga: fez uma campanha excelente na última Eurocopa e pode, por que não, chegar longe.
DESPEDIDA
Este Mundial também será especial por marcar a provável despedida de grandes lendas do futebol mundial da competição. A começar por uma dupla que encantou uma grande geração inteira. Cristiano Ronaldo e Lionel Messi disputarão a Copa pela quinta vez e, provavelmente, não chegarão em 2026 atuando por seus países.
Por falar em dupla, o Uruguai deve se despedir de Cavani e Luis Suárez, que comandam o ataque titular da Celeste há mais de 10 anos. Os dois chegam no Catar em sua reta final na seleção e abrindo espaço para uma nova geração, estrelada por Darwin Núñez, Valverde e cia.
Campeão mundial em 2014, Manuel Neuer é outro que deve disputar seu último Mundial nos estádios do Oriente Médio. O titular da meta alemã vai para sua quarta Copa sendo um dos principais líderes da renovação comandada por Hansi Flick.
QUEM FALTOU?
Nem todos os craques do mundo da bola estarão no Catar. Como em toda Copa, alguns dos nomes mais importantes do futebol serão ausência, seja por lesão, desclassificação de suas equipes ou, tão ruim quanto, esquecimento na lista de convocados.
No grupo dos lesionados, vários nomes importantes. Kanté e Pogba desfalcam a França, Philippe Coutinho não atuará pelo Brasil, Diogo Jota é baixa em Portugal, assim como Werner e Reus para a Alemanha, Lo Celso na Argentina e Reece James na Inglaterra.
E quem não foi chamado? A lista de polêmicas é aberta logo com De Gea (Manchester United), Sergio Ramos (PSG) e Thiago Alcântara (Liverpool), fora da convocação de Luis Enrique na Espanha. Também do PSG, Renato Sanches foi ausência em Portugal, enquanto Jadon Sancho sequer foi lembrado por Gareth Southgate na Inglaterra.
Quer mais? Tem mais gente pesada que verá o Mundial da televisão. São os casos de Salah (Egito), Haaland (Noruega), Aubameyang (Gabão), Alaba (Áustria) e Robertson (Escócia), além de toda a geração da Itália de Gianluigi Donnarumma, Jorginho, Loreno Insigne e todos os outros que falharam nas eliminatórias.
MUNDIAIS EM NÚMEROS
Maior campeão: Brasil, 5 (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002);
Mais vezes finalistas: Brasil e Alemanha, 8 cada;
Melhor ataque em uma edição: Hungria, 27 gols em 1954;
Maior sequência de vitórias: Brasil, com 11 entre 2002 e 2006;
Partida com mais gols: Suíça 5x7 Áustria em 1954;
Maior goleada: Hungria 10 x 1 El Salvador em 1982;
Maior artilheiro: Miroslav Klose (ALE), com 16;
Mais jogos disputados: Lothar Matthäus, com 25;
Mais Copas disputadas: Antonio Carbajal (MEX) e Lothar Matthäus (ALE), com 5;
Mais velho a disputar a Copa: Roger Milla, com 42 anos e 39 dias.
Fonte: DA REPORTAGEM
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