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Controle agora pode ser feito por armadilhas inteligentes
06 de Agosto de 2023 as 08h 12min

Com a produção de cerca de 40 milhões de toneladas de frutas por ano, o Brasil está entre os destaques da atividade a nível mundial, atrás apenas da China e da Índia.
Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), são mais de 940 mil estabelecimentos agropecuários distribuídos em todas as regiões do país, empregando 193 mil trabalhadores formais.
Essa excelência e diversidade têm conduzido o setor a uma escalada de crescimento no mercado internacional, mas para expandir ainda mais os embarques, os fruticultores têm como principal gargalo problemas de ordem fitossanitária, entre eles os causados pelas moscas-das-frutas.
Atualmente existem algumas espécies que são consideradas pragas-chaves na fruticultura brasileira e que causam prejuízos milionários todos os anos. Trata-se de diferentes espécies do gênero Anastrepha, como por exemplo Anastrepha fraterculus, Anastrepha oblíqua, dentre outras.
Há também a Ceratitis capitata, comumente chamada de mosca-das-frutas do mediterrâneo. Todas pertencem à família Tephritidae e geram danos diretos e indiretos em diversas culturas.
Para ajudar os fruticultores a vencer essa batalha, a startup Tarvos apresenta uma novidade. A empresa, que já disponibiliza suas armadilhas inteligentes no controle de insetos-praga como a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) e a traça-do-tomateiro (Tuta absoluta), agora poderá oferecer a tecnologia para o cultivo de uva, manga, melão e outras fruteiras hospedeiras de Tephritidae.
De acordo com a bióloga Nathalia Silva, coordenadora de entomologia na Tarvos, tanto Anastrepha spp quanto a Ceratitis capitata geram muita dor de cabeça aos produtores por suas características. “As fêmeas desses insetos fazem a oviposição dentro do fruto, através de perfurações feitas por seu aparelho ovipositor, lá ocorre a eclosão das lagartas que se desenvolvem, consumindo e danificando a polpa do fruto durante sua movimentação”, diz.
Além disso, as fêmeas ao introduzirem seu ovipositor, provocam ferimentos nos frutos, facilitando a entrada de patógenos causadores de podridões, reduzindo a produtividade e a qualidade deles, tornando-os impróprios para consumo, comercialização e a industrialização.
“O ciclo biológico completo da praga é variável de acordo com o hospedeiro, ou seja, a cultura em que o inseto se desenvolve, e fatores climáticos (temperatura e umidade relativa), podendo ter diferenças entre os dias para a alternância de estágio”, destacou a bióloga.
Para ser eficiente, o monitoramento de culturas perenes precisa ser contínuo e deve ser feito em todos os pomares com plantas hospedeiras das espécies de moscas-das-frutas.
Com isso, o uso de armadilhas automatizadas da Tarvos permite, por meio de dados diários de captura, detectar o momento e região de chegada do inseto no pomar, conhecer a flutuação populacional da praga em diferentes épocas do ano, além de identificar os focos de maior infestação, facilitando a tomada de decisão e aplicação de estratégias de controle com maior assertividade.
Segundo Carolina Suffi, diretora de negócios estratégicos da Tarvos, com a digitalização do monitoramento a ideia é ter um impacto social-econômico dentro da região, ajudando a classe produtora a acessar novos mercados, que embora sejam mais exigentes, melhor remuneram pela qualidade dos frutos.
Para ampliar essa tecnologia para um número maior de produtores, a empresa acaba de firmar parceria com o Sebrae da Bahia. “Eles nos procuraram com o objetivo de escalonar o monitoramento e incentivar a digitalização dos processos dos pequenos produtores de frutas, como uva, manga e melão com foco na exportação. Como esse mercado já vinha sendo estudado por nossa equipe, conseguimos atender a essa demanda”, destacou.
Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA
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