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Domingo, 16 de Março de 2025

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Cuidados na hora de dessecar a soja

13 de Fevereiro de 2025 as 06h 06min

Chuvas intensas têm atingido Mato Grosso – Foto: Assessoria

A colheita de soja 2024/25 de Mato Grosso atingiu 28,58% da área cultivada de acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) na última semana.

Situação que apresenta atraso no maior produtor do grão no país, principalmente por conta das chuvas em janeiro e que em muitas regiões do Estado ainda não cessaram. É uma corrida contra o tempo, o que faz com que alguns produtores antecipem a dessecação e até atropelem os principais cuidados que são necessários para não gerar prejuízos nesta operação.

O engenheiro agrônomo e representante de vendas da Sell Agro, Bruno Kavamura, explica que a dessecação é uma prática cada vez mais comum em Mato Grosso, especialmente entre os produtores que também cultivam algodão safrinha. “Este método tem o objetivo de acelerar o fim do ciclo reprodutivo da soja, promovendo uma desfolha rápida e eficiente através da aplicação correta de herbicidas”, diz.

O momento ideal para a operação, segundo o especialista, é durante a fase R7.2, quando 76% das folhas e vagens da planta já estão amareladas. Nesse estágio, a soja atinge seu ponto máximo de maturação, o que torna a aplicação mais eficaz.

“No entanto, a prática exige cuidado e precisão, principalmente em anos como este, quando o clima tem apresentado desafios para os produtores”. Também o produtor não deve se adiantar, querendo tirar o atraso da colheita, endossa Kavamura.

Atualmente, o Diquate é o princípio ativo mais utilizado para esse processo no Estado. Embora o controle de plantas daninhas seja um fator importante, a principal preocupação nesta operação é garantir uma desfolha bem-feita, já que isso contribui para o aumento da produtividade na colheita.

CHUVA = CAUTELA

Este ano, segundo o especialista da Sell Agro, a dessecação precisa ser bem programada, principalmente devido às condições climáticas adversas que os agricultores têm enfrentado.

O excesso de chuvas e a alta umidade podem comprometer a qualidade da soja se a colheita não ocorrer no tempo adequado, levando a perdas significativas e que podem chegar a 100% em algumas áreas. “Porém, isso não é motivo para acelerar as etapas e trocar os pés pelas mãos”, reforça.

Outro fator importante a ser considerado é a dosagem correta do herbicida, sem exageros, além do descarte correto das embalagens vazias, que é essencial para a preservação ambiental. “Caso a dessecação seja adiantada, a colheita também ocorrerá mais cedo, enquanto um atraso na dessecação pode gerar um impacto direto no calendário”, destaca Kavamura.

Além disso, a safra deste ano foi afetada pelas condições climáticas, com dias muito chuvosos e nublados, o que resultou em um alongamento do ciclo da soja e, consequentemente, impactou o planejamento inicial da safra.

Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA

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