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Cultivo de maracujá se torna mais lucrativo nos últimos anos
Frutos grandes apresentam peso de cerca de 300 gramas cada
26 de Agosto de 2021 as 07h 43min

Mato Grosso tem atualmente 412 hectares de área cultivada com maracujá, sendo a maior parte da espécie amarelo azedo, usado para a produção de polpas. No cultivo é utilizado o BRS Gigante Amarelo, que tem frutos grandes com peso de cerca de 300 gramas cada, e rendimento de polpa em torno de 40%, conforme dados da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).
Pedro Ferri Nogueira, que tem uma chácara na zona rural de Sinop, começou o plantio de maracujá há um ano porque não estava conseguindo bons resultados na produção de leite, e queria uma alternativa a mais para obter renda. “A minha propriedade é pequena e o custo do leite estava muito alto. Eu tinha dois hectares parados e então decidi investir no maracujá”, contou.
Nogueira plantou 1,6 mil pés o ano passado, com investimento de aproximadamente R$ 40 mil. A safra foi de 7 mil kg de maracujá por mês, com os pés produzindo durante cinco meses. Quase todo o fruto foi vendido in natura para uma cooperativa local, que trabalha com a polpa da fruta.
“Foi uma produção boa. Agora está na entressafra, mas daqui uns dois meses deve começar de novo. A minha expectativa é boa para a próxima colheita. E o preço está bom, estão pagando R$ 2,30 por quilo”, disse.
Entre os municípios que se destacam na produção estão União do Sul, Tabaporã, Itanhangá, Terra Nova do Norte e Nova Brasilândia. “É uma cultura para o pequeno produtor, a maioria da produção no estado é plantada em áreas de até 10 hectares”, disse Thiago Tombini, engenheiro agrônomo da Empresa de Pesquisa e Extensão Rural (Empaer).
O cultivo do maracujá, como polinização, plantio, adubação, é todo feito de forma manual, o que requer muita mão-de-obra. O custo para plantar um hectare, em média, ultrapassa os R$ 17 mil. Mas, normalmente no primeiro ano já para cobrir os custos. A planta começa a produzir com cinco até sete meses, e costuma ter até quatro anos de vida útil.
“É uma atividade rentável, gera bastante lucro. Muitos produtores conseguem tirar de 20 a 25 toneladas de maracujá por ano, em uma área plantada de um hectare”, disse Tombini.
O aumento nessa cultura no estado teve início em 2019, com apoio da Empaer. Conforme Tombini, até então o preço pago era muito baixo e a partir do momento que a indústria começou a garantir preços melhores, os produtores, passaram a investir mais.
“A fruticultura entrou para complementar a renda desse pequeno produtor, que em sua maioria já era da horticultura. Todos queriam plantar algo, mas tinha que ser algo que a indústria comprasse. E o mercado começou a comprar mais, tanto maracujá como melancia, então acabou sendo a opção mais rentável”, disse o engenheiro agrônomo.
A maioria da produção mato-grossense abastece o mercado interno, com preços que variam entre R$ 1,50 e R$ 1,80 por quilo da fruta in natura. Uma das preocupações atuais é com uma doença típica do maracujá, a Fusariose (fusarium oxysporum Schlecht. f. passiflorae Purss), que tem atacado algumas plantações no Norte do estado. Os casos ainda são isolados, mas demandam cuidados, recomenda a Empaer, que tem trabalhado com a Embrapa para ajudar os produtores a evitar que o fungo se alastre.
Fonte: DA REPORTAGEM – com G1-MT
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