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Terça Feira, 14 de Outubro de 2025

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Dívidas, calote e falta de crédito travam produtores

20 de Julho de 2025 as 09h 22min

Produtores rurais de Mato Grosso enfrentam um cenário cada vez mais desafiador – Foto: Divulgação

Produtores rurais de Mato Grosso enfrentam um cenário cada vez mais desafiador, marcado por endividamento, inadimplência de compradores e escassez de crédito. Em Cláudia, cerca de 50 agricultores ainda aguardam o pagamento por grãos entregues na safra 2022/23 a um armazém local. A dívida acumulada pode ultrapassar R$ 400 milhões.

Um dos prejudicados é o produtor Antônio Lamperti, que tenta concluir a colheita dos 1.070 hectares de milho da segunda safra 2024/25. Dificuldades climáticas, como a alta umidade, têm atrasado os trabalhos. Ele afirma que parte da produção será usada para quitar dívidas antigas. “Não é só a safra dela, é a de outras contas que estão acumuladas”, desabafa.

Nos últimos três anos, Lamperti tem operado com a família para reduzir custos. Segundo ele, a troca da pecuária pelas lavouras não compensou, diante da desvalorização da soja e do milho e do elevado custo de produção. “Não há garantia de preço, e a recuperação dos investimentos leva anos”, afirma.

A situação é agravada pela falta de crédito. “O produtor médio e pequeno não tem recurso. Hoje o financiamento tem juros altos e os bancos fazem análise da vida do produtor. Quem está com restrição, não consegue operar”, diz o agricultor, destacando que o acesso a recursos públicos também está limitado.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Cláudia, Sérgio Ferreira, muitos agricultores investiram na conversão de pastagens em lavouras, mas não têm visto retorno. O alto custo de insumos e frete compromete os resultados. Outro produtor da região, Ivan Max Hoffman, resume: “Estamos trabalhando no limite, entre o prejuízo e o lucro. Pagando para trabalhar”.

A inadimplência do armazém agravou o endividamento. Lamperti perdeu 100% da soja e 55% do milho estocados no local, acumulando prejuízo de mais de R$ 8 milhões. “As contas não se alcançam. O agricultor é um herói louco, sempre acreditando na próxima safra”, diz, emocionado.

Fonte: DA REPORTAGEM - Canal Rural

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