Noticias
Da clareira à cidade: a abertura da área urbana de Sinop
14 de Setembro de 2024 as 13h 00min

Em meio à densa Floresta Amazônica, o grupo de trabalho da Colonizadora Sinop, chefiado por Ulrich Grabert, o Uli, braço direito dos colonizadores, iniciou em maio de 1972 a abertura de picadas. O ponto de início é atualmente o viaduto da BR-163, na conexão das avenidas Gov. Júlio Campos e Alexandre Ferronatto), no sentido Leste-Oeste, rumo ao ponto em que hoje se encontram a Praça da Bíblia e o Banco do Brasil. Ali, instalaram um acampamento fixo.
Com caminho aberto, mais 300 homens foram enviados à Gleba Mercedes, juntamente com máquinas e equipamentos para a plena abertura das áreas urbana e rural. Apesar disso, o envio de tudo o que era necessário para abastecer o grupo ainda era inviabilizado no período chuvoso. Era preciso uma rota aérea.
A Colonizadora, então, priorizou uma pista de aeroporto (numa área onde hoje se encontram a UFMT e a Faculdade Anhanguera). Por ali, até 1984, aeronaves de pequeno e médio porte pousavam e decolavam, trazendo mantimentos e ferramentas mais leves para o trabalho de abertura da área urbana. Nesse local, inclusive, a TABA (Transportes Aéreos da Bacia Amazônica) operou voos semanais para Cuiabá, além de receber as autoridades que participaram da fundação oficial da cidade em 1974 e a comitiva que trouxe o presidente da República, João Batista Figueiredo, o primeiro a conhecer Sinop.
PRIMEIRAS RUAS
E AVENIDAS
As primeiras ruas e avenidas abertas na área urbana de Sinop pela Colonizadora, a partir de 1972, foram: Avenida dos Mognos (atual Júlio Campos), aberta da entrada da cidade até onde seria aberta a Avenida das Sibipirunas, num total de 3 quadras; Avenida dos Jacarandás; Rua dos Lírios, aberta até onde seria a Avenida Embaúbas; Rua das Primaveras, aberta até onde seria a Avenida das Figueiras; Rua das Pitangueiras; Rua das Castanheiras; Rua das Nogueiras; e Rua das Aroeiras. Essas vias compunham um total de 18 quadras.
PRIMEIRAS CONSTRUÇÕES
Com a derrubada da mata, abertura de ruas e avenidas, e a chegada dos primeiros moradores, as primeiras residências e salões comerciais começaram a ser construídos a partir de junho de 1972.
Algumas das primeiras famílias que chegavam ao município construíam barracos de lona, como foi o caso dos Pissinati, Belgrovicz e Claro dos Anjos. Uma das construções marcantes é do escritório da Colonizadora, cuja localização é a mesma até hoje.
CASAS DE MADEIRA
Essas primeiras construções eram de madeira, em sua maioria sem forro, e algumas ainda possuíam um salão de comércio à frente. O padrão de residência compunha sala, cozinha e dois quartos. O banheiro era uma casinha, construído no fundo do quintal. A água era obtida por perfuração de poços, que normalmente não passavam de dois metros de profundidade – o lençol freático estava bem próximo à superfície.
A iluminação era fornecida por lampião a gás ou querosene. Apenas alguns comércios contavam com motor próprio que gerava energia enquanto estavam abertos (próximo das 22h). Após este horário, a cidade ficava na completa escuridão.
“SAPOLÂNDIA”
As primeiras ruas e avenidas abertas não eram cascalhadas, muito menos pavimentadas. O poeirão cobria a cidade na época de seca, obrigando os comércios a cobrir as mercadorias com plástico ou tecido, enquanto na chuva os atoleiros reinavam. E era tanta água que precisava-se de pranchas ou tábuas, da entrada das casas até a rua, para as pessoas poderem se deslocar.
Nesse período, a cidade ganha a alcunha de “sapolândia”, em razão do elevado número de sapos e rãs que surgiam enquanto a cidade ficava alagada.
Fonte: DA REPORTAGEM
Veja Mais
Inscrições abertas para o Prêmio Cidades Inovadoras
Publicado em 06 de Julho de 2025 ás 11h 17min
Plantio de precisão é fator decisivo para alcançar alta produtividade no campo
Publicado em 06 de Julho de 2025 ás 09h 15min
Sorriso: indústria de vidros investirá R$ 10 milhões
Publicado em 06 de Julho de 2025 ás 07h 14min