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Sexta Feira, 14 de Março de 2025

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Dados monitorados revelam que impacto do desmatamento vai além de denúncias

13 de Março de 2025 as 05h 23min

Soja ocupa atualmente uma área de mais de 5,9 milhões de hectares em MT – Foto: Assessoria

Dados monitorados pela SpectraX, empresa especializada em monitoramento por satélite, mostram o avanço da soja na Amazônia e sua relação com o desmatamento. A safra 2023/2024 revela números relevantes para o setor nos estados de Mato Grosso e Pará, trazendo à tona debates sobre sustentabilidade e cumprimento de normas ambientais.

No bioma amazônico de Mato Grosso, a soja ocupa atualmente uma área de mais de 5,9 milhões de hectares. Já no Pará, a soja cobre mais de um milhão de hectares. O levantamento feito pela SpectraX mostra que, desde 2008, o monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), por meio do sistema PRODES, detectou mais de 2,2 milhões de hectares desmatados no bioma amazônico de Mato Grosso. No Pará, esse número mais que dobra, chegando a 5,2 milhões hectares desmatados.

Segundo o cientista e professor Dr. Carlos Silva Jr., os números reforçam a necessidade de medidas mais eficazes de um monitoramento espacial assertivo. “São importantes porque esse é o mapeamento efetivo e eficiente que temos hoje em termos de inovação e tecnologia. Além disso, no aspecto ambiental, notamos que muitos produtores têm autorização, enquanto tantos outros estão fora da lei. Com esse monitoramento que desenvolvemos do mapeamento da soja aliado com dados do PRODES, a gente olha para o todo, identificando quais pontos devem passar por uma intervenção imediata, e assim tentar conter esse desmatamento da Amazônia e dar credibilidade para quem faz o certo”, afirma.

Os dados da SpectraX revelam produção de soja em áreas desmatadas após 2008. Em Mato Grosso, mais de 323,8 mil hectares de soja estão em áreas desmatadas após esse período. No Pará, esse número é menor, chegando a mais de 58,1 mil hectares. Números assim, com precisão, revelam que 14,4% das áreas de soja em Mato Grosso e 1,1% no Pará estariam em desacordo com a Moratória.

Parte da soja mato-grossense, cultivada em áreas desmatadas após 2008, tem autorização oficial e seguem o Código Florestal Brasileiro. Segundo os dados constatados pela plataforma ESG-SpectraX, 89,7 mil hectares dessa soja estão em áreas com autorização da Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (SEMA-MT), o que indica um número significativo de cultivos regulares.

Ou seja, os dados mostram que, apesar da expansão da soja na Amazônia, a maior parte da produção ocorre em áreas que não foram desmatadas recentemente.

“Os resultados são fidedignos, e na SpectraX podemos converter essa mensuração para dados científicos. Com um algoritmo eficiente, que monitora de forma precisa o uso e ocupação do solo, nesse caso a soja, conseguimos acompanhar quais áreas estão em desacordo com as leis ambientais brasileiras e ao mesmo tempo com a Moratória da Soja. Ao identificar essas áreas, é preciso uma ação efetiva para não prejudicar uma maioria de agricultores que cumprem a legislação”, completa.

No entanto, a presença de cultivos em áreas desmatadas após 2008 e as denúncias sobre o envolvimento de tradings signatárias da Moratória da Soja feita pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) levantam dúvidas sobre a efetividade das regras e a também do monitoramento efetivo utilizando dados geoespeciais, colocando em discussão os mecanismos de fiscalização, mapeamento/monitoramento e certificação adotados.

Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA

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