Olá! Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho, analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.

Quinta Feira, 06 de Março de 2025

Noticias

Degradação da Amazônia reduz capacidade de diminuir o aquecimento global

05 de Novembro de 2024 as 12h 24min

Relatório internacional sobre clima – Foto: Divulgação

A Floresta Amazônica está perdendo sua capacidade de regular o ciclo da água e seu papel de remoção de carbono da atmosfera, o que pode impactar todo o planeta. É o que destaca o relatório anual “Dez novas percepções sobre o Clima”, que compreende as principais descobertas das pesquisas sobre questões ambientais e climáticas globalmente. As evidências sobre a Amazônia foram incluídas com a contribuição do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia).

Ameaças ambientais como o fogo, a extração de madeira, a expansão da agricultura e grandes construções como barragens e estradas, além do aumento de eventos climáticos extremos reduzem a resiliência da floresta. Sinais preocupantes da degradação têm surgido, impactando a capacidade da floresta de remover carbono da atmosfera.

O estudo alerta que o aumento da degradação pode intensificar os efeitos da emergência climática alterando fatores determinantes para a saúde da vegetação, como a temperatura e a umidade, podendo gerar um colapso em partes bioma, que pode ser irrecuperável.

Segundo a CCAL, calculadora de carbono do IPAM, em 2022, a Amazônia acumulava 47,2 bilhões de toneladas de carbono em sua vegetação, já tendo perdido até então mais de 10,6 bilhões de toneladas devido à degradação do ecossistema, que já alcança mais de um terço da floresta.

“Mais de 16% da água do planeta tem seu ciclo regulado pela Amazônia, a floresta é um dos maiores sumidouros de gases de efeito estufa do mundo. Parar a degradação do bioma é urgente pois isso está impactando esses dois serviços ecossistemicos fundamentais.”, aponta Ane Alencar, diretora de Ciência do IPAM e uma das autoras da publicação.

A recuperação de áreas degradadas e o fortalecimento de comunidades locais é indicado no relatório como uma saída para aumentar a resistência do bioma aos efeitos das mudanças climáticas conservando seus serviços ecossistêmicos.

O documento também recomenda políticas necessárias para evitar que a Amazônia atinja seu ponto de não retorno, entre elas o fortalecimento de Leis ambientais que combatam a degradação, nos países que abrigam a Amazônia; a continuação de financiamento para programas de monitoramento e rastreamento de commodities e o apoio a povos indígenas e comunidades locais para o desenvolvimento de uma economia sustentável.

INTENSIFICAÇÃO

Além da degradação da Floresta Amazônica, o relatório também revela outras nove descobertas da Ciência relativas ao clima nos últimos dois anos. Muitas delas apontam para uma intensificação do aquecimento global e suas consequências como: o aumento da emissão de metano; ondas de calor estão tornando mais regiões do planeta inabitáveis; o El Nino tem piorado seus efeitos, aquecendo os oceanos; e extremos climáticos estão ampliando riscos à gravidez e à saúde de crianças.

Há também apontamentos positivos, como o registro do potencial de um sistema que integra tecnologia e ecologia para tornar cidades mais resistentes a desastres climáticos como ondas de calor e inundação. Sugestões relativas à gestão de minerais, de modo a gerar uma transição energética mais justa e, ainda, como construir políticas energéticas justas aumenta a aceitação do público a essas mudanças.

Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA

Veja Mais

Mais de 800 kg de agrotóxicos contrabandeados são apreendidos em Sorriso

Publicado em 03 de Março de 2025 ás 07h 06min


Plataforma leva pesquisas de campo a um novo patamar tecnológico

Publicado em 03 de Março de 2025 ás 05h 01min


Agricultores pedem apoio do governo para asfaltar MT-240 em Nobres

Publicado em 02 de Março de 2025 ás 09h 08min


Jornal Online

Edição nº1495 06/03/2025