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Denúncia: vereador é acusado de intervir em investigação para prender membros do CV
Denúncia ao Ministério Público foi feito pela Polícia Militar
18 de Junho de 2019 as 00h 00min

ASSESSORIA
DE IMPRENSA
Foi protocolado um documento contendo mais de 12 páginas com descritivo e numerações de documentações anexas, além de citação de áudios e vídeos, no Ministério Público (MP) de Feliz Natal, por parte do 4° Batalhão da Polícia Militar.
De acordo com a denúncia, existe um suposto envolvimento do vereador Ademir Alves de Oliveira, o “Pipoca” (PMDB) em um esquema dirigido pelo Comando Vermelho de desmatamento de terras ilegal.
A área em questão está localizada nos fundos do assentamento rural Ena. Para a PM, não há dúvidas de que o parlamentar estaria utilizando seu cargo para impedir as investigações e até coagir membros do batalhão, cometendo decoro parlamentar, além de ir até a capital solicitar transferência de membros da investigação juntamente com troca de comando.
De acordo com o documento, (...) “o vereador Ademir e demais vereadores foram até a Capital alegando busca de recursos para a cidade, mas solicitaram uma audiência com o senhor secretário de segurança pública e o senhor comandante geral da Policia Militar de Mato Grosso e nesses encontros foram apresentados pedidos de transferência e de troca de comando deste batalhão”.
O documento diz ainda que Pipoca teria usado a tribuna para alegar que a Polícia realizou apreensões com flagrantes criados “contra trabalhadores”, solicitações essas que foram prontamente recusadas.
Logo após a solicitação, foi deflagrada uma nova operação policial que ocorreu entre os dias 25 a 28 de maio. A operação gerou uma grande gama de apreensões e prisões em Feliz Natal. De acordo com a denúncia, mais de uma vez, Pipoca teria usado a tribuna para desqualificar os policiais, dizendo que a operação teria sido frustrada, citando o nome do capitão Dantas e também que o comandante era “ruim” e estava fazendo de tudo “para se aparecer”.
A denúncia ainda traz que as pessoas defendidas pelo vereador como “trabalhadores”. São três suspeitos de espancar e torturar um idoso, além de suspeitos de tráfico de drogas presos em flagrante com 23 tabletes de substâncias análogas à maconha, 4 sacolas contendo maconha, duas balanças de precisão, 250 gramas de pasta base de cocaína e 20 munições intactas de calibre 38.
Em trecho da denúncia enviada ao MP, os policiais ainda apresentaram a estrutura criminal, com níveis de lideranças e atuações definidas da organização criminosa. Segundo relatos, as frentes da facção são: núcleo de controle financeiro e político do crime; operadores do crime – ambiental; operadores do crime de tráfico de drogas – armas de fogo, roubos, execução de pessoas, ambiental, segurança armada na reserva e operadores braçais.
Confirmando a conduta do vereador Pipoca, o presidente da Câmara de Feliz Natal, José Nilton Moretto (PSDB), declarou que nas ocasiões chegou a pedir mais ponderação ao vereador. “Ele falou isso tudo mesmo na tribuna e chegou infelizmente a defender bandido. Agora, no próximo dia 24, vou ler toda a denúncia que chegou a nós em plenário, e aí vou propor para os parlamentares a abertura de uma CPI para investigarmos a má conduta do Pipoca para até, se for o caso, chegar em uma cassação”, explicou Moretto.
O presidente ainda não soube informar se a Câmara possui um departamento de corregedoria e não especificou se já conversou com o parlamentar a respeito.
OUTRO LADO
Pipoca alegou que as acusações contra ele fazem parte de um movimento político e que suas reivindicações estão sendo deturpadas. De acordo com o parlamentar, ele nunca teria feito apologia ao crime organizado e nem mesmo teria solicitado a mudança de comando na cidade.
“Na verdade, eu acredito que o comandante queira ser prefeito ou algo assim. Eu defendi sim pessoas no púlpito, mas não membros do Comando Vermelho. Eu defendi pessoas que cometeram “crimes ambientais” por ignorância ou falta de informação. Agora estão dizendo tudo isso, eles que estão misturando os crimes. Eu fui até Cuiabá sim pedir aumento de policiamento porque nossa cidade estava envolta em crimes, mas não a mudança de comando”, explicou o parlamentar, confirmando ainda que acredita que o Comando (Policial) não esteja agindo de maneira adequada.
“Chegou um momento em que as pessoas eram roubadas em nossa cidade e que nem iam na polícia, iam direto no chefe do Comando Vermelho para pedir os pertences de volta, e a nossa polícia aqui preocupada com outras coisas, foi isso que defendi em plenário”, argumentou o parlamentar.
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