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Sábado, 01 de Fevereiro de 2025

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De Oswaldo Paula a Roberto Dorner: conheça quem esteve à frente de Sinop

15 de Setembro de 2024 as 05h 00min

A fundação de Sinop ocorreu no dia 14 de setembro de 1974 e contou com a presença de inúmeras autoridades, dentre elas o Ministro do Interior Maurício Rangel Reis e o governador de Mato Grosso José Fragelli. Apesar disso, Sinop ainda era um distrito da distante Chapada dos Guimarães, que fica a 580 km de distância.

Documentalmente, Sinop foi elevada à categoria de Distrito através da Lei 3.754 de 29 de junho de 1976, assinada pelo governador José Garcia Neto. Neste mesmo ano, seus primeiros moradores elegeram para representar a cidade junto ao município de Chapada dos Guimarães o pioneiro Plínio Callegaro.

Apenas em 1970, cinco anos após a sua fundação, Sinop, alcançou a sua autonomia política através da Lei 4.156 de 17 de dezembro de 1979, assinada pelo governador Frederico Campos. Inicialmente o município de Sinop contava com uma área de 48.678 km². Além da sede do município passaram a fazer parte de Sinop os distritos de Vera, Santa Carmem, Claudia e Marcelândia.

Após a criação do Município de Sinop, foi nomeado pelo Governo do Estado o pioneiro Oswaldo Paula para administrar a nova cidade até que ocorressem as eleições previstas para o ano de 1982, quando foi eleito o 1º Prefeito de Sinop.

OSWALDO PAULA (1981-1982)

Ele está em todos os registros da memória de Sinop. Na galeria de prefeitos, seu quadro é o primeiro. Entre as 8 figuras que ocupam o mural do Executivo municipal, Oswaldo Paula é o único que não foi eleito, e sim nomeado, recebendo a responsabilidade de começar a história democrática dessa cidade.

Em junho de 1973, ele traz a família para Sinop. Seu primeiro lote era na Avenida dos Mognos (atual Av. Júlio Campos). Tentou e não conseguiu plantar café, mas o fato de ser um dos pioneiros da cidade o elevou à condição de líder na localidade. Também foi Juiz de Paz e realizou o primeiro casamento da história de Sinop – e outros 199 que vieram na sequência.

O colonizador Ênio Pipino tinha muita confiança em Oswaldo e usou todo seu traquejo para garantir que o comerciante fosse nomeado o primeiro administrador de Sinop. Seu Oswaldo tem 84 anos, está ativo e reside no centro, no primeiro prédio da cidade.

GERALDINO DAL MASO (1983-1988)

Pioneiro, conselheiro, homem de visão, empreendedor, humanista e uma pessoa afeita a desafios. Essa é a coleção de predicados do primeiro líder que o povo de Sinop elegeu.

Oito anos após a fundação e três anos após a emancipação de Sinop, a população local foi às urnas para escolher, pela primeira vez, quem seria o seu líder. O ano era 1982. Não faltaram opções. Em novembro de 1982, Geraldino Dal Maso foi o escolhido.

Geraldino foi o prefeito de único mandato que passou mais tempo no cargo. Seu mandato foi prolongado em dois anos para além dos 4, em um processo que separou as eleições federal e estadual do pleito municipal, no modelo que temos hoje. Em dezembro de 1988, sem qualquer vaidade, ele encerra seu mandato e nunca mais se candidata a nenhum cargo político.

Seu mandato foi desafiador, porque Sinop era um município que abrangia uma área até Marcelândia – Santa Carmem, Vera e Cláudia só se tornariam município no fim dos anos 80.

O primeiro prefeito de Sinop morreu em dezembro de 2016, aos 74 anos de idade, acometido por um câncer. Nos últimos anos de sua vida ele lia muitos livros, rezava, meditava e escrevia.

ADENIR ALVES BARBOSA (1989-1992 E 1997-2000)

De origem humilde, Adenir Alves Barbosa entendeu logo cedo que o estudo seria a única forma de mudar a sua realidade. Ele descobre na medicina uma vocação, mas quando alcança o posto de doutor, vê sua família à mercê de uma praga silenciosa.

Para fugir de uma doença sem cura, decide vir para Sinop, onde abre um hospital em meio a um surto de malária. Após uma década tratando seus pacientes, é recrutado para cuidar de toda a cidade, em um momento que o futuro próspero de Sinop era uma incógnita.

Em 1980, Adenir foi procurado pelo diretor da Colonizadora Sinop, Ênio Pipino, para ser o primeiro administrador da cidade. Ele declinou do convite, que foi assumido por Oswaldo Paula. Frente à situação, em 1987, Adenir não havia como correr da vida pública. Ele e Irineu Martins foram apontados pelo grupo como os candidatos a prefeito e vice no pleito marcado para o ano seguinte, 1988. Foi eleito e comandou a cidade até 1992.

Como não havia reeleição, auxiliou seu secretário Antônio Contini na missão de dar continuidade à gestão. Mas, em 1996, a memória do eleitor e a alta aprovação que a gestão de Adenir cativou tornaram o pleito fácil. O médico venceu novamente a disputa, sendo o primeiro prefeito – e até então o único – a voltar ao cargo. Adenir recupera a cadeira do Executivo Municipal em 1º de janeiro de 1997. Ele dá sequência às políticas públicas do seu primeiro mandato e mantém a mesma filosofia da coletividade.

Quase como um passatempo, atualmente Adenir administra a locação dos imóveis da família e acompanha o progresso dos filhos. Sua principal função, no entanto, é ser avô. Adenir tem 9 netos e busca passar o máximo de tempo com eles

ANTÔNIO CONTINI (1993-1996)

Em um momento que a população demonstrava incerteza sobre o futuro da cidade, ele ergueu uma placa com os dizerem ‘Sinop a Capital do Nortão’, afastando de vez a alcunha de ‘Sapolândia’.

O impacto moral vem acompanhado da ligação da rede de energia elétrica e uma série de grandes obras públicas que fizeram os interioranos sentirem que poderiam ser uma capital. Esse foi um dos feitos de Antônio Contini, o cidadão que ficou conhecido como o “Prefeito das Obras de Sinop”.

Em 1994, o linhão de energia elétrica chegava à cidade, aposentando os velhos geradores que a Rede Cemat trouxe do Vietnã. Com energia em abundância, a indústria madeireira podia deslanchar e o município se tornava mais atrativo para novas empresas. Sua gestão ainda foi marcada por grandes obras, dentre elas o estádio municipal, intensa articulação para instalação do campus da UFMT.

Em 27 de agosto de 2022, Contini sofreu um acidente de carro na MT-220. Fraturou costela, teve contusão no pulmão e estava na UTI. Faleceu aos 69 anos.

NILSON LEITÃO (2001-2004 E 2005-2008)

Por conta do seu envolvimento com as causas sociais, Nilson chegou à política quando se lançou a vereador, sendo eleito aos 26 anos de idade, à época, o edil mais jovem eleito no município. Aos 28 anos, assumiu uma cadeira na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, e aos 30, foi eleito prefeito de Sinop, sendo reeleito em 2004.

Em 17 de maio de 2007, Leitão acumulou uma mancha em sua vida política. Ele foi acusado de participar de uma organização criminosa que atuava desviando recursos públicos federais, sendo preso por agentes da Polícia Federal.

JUAREZ COSTA (2009-2012 E 2013-2016)

O garoto que rodava filmes nos cinemas cresceu na comunicação e seu vozerão o levou para os estúdios de rádio. Em Sinop, o trabalho e empenho do locutor em ajudar a comunidade o alçaram ao campo político, onde militou como vereador, deputado estadual e prefeito por dois mandados consecutivos.

Com atuação firme e destacada na Assembleia Legislativa, o nome de Juarez Costa era aclamado em 2008. Sinop vivia sob o comando do primeiro prefeito, do grupo contrário ao de Juarez. O destaque que conseguiu enquanto vereador – e até então recentemente como deputado – não tinham sido esquecidos pela população. Seu adversário era o empresário Paulo Fiúza. O resultado: uma vitória tranquila, com 34.069 votos (68,15% dos votos válidos).

Em seus mandatos, o próprio Juarez destaca obras de pavimentação de avenidas e 27 bairros, abertura de várias ruas, além da conclusão do centro de eventos e a disponibilização de prédios para a UFMT, UNEMAT e IFMT.

Hoje, Juarez Costa ajuda mais cidades como representante de Mato Grosso na Câmara Federal.

ROSANA MARTINELLI (2017-2020)

Fibra e superação marcam a história da primeira mulher que Sinop alçou ao posto de prefeita. Pioneira, mãe, esposa e líder, uma mulher de negócios e também de purpurina, alguém que conseguiu servir a todos sem descuidar dos seus, envergando sem nunca quebrar.

Nascida em Palotina/PR, chegou a Sinop em 1974, anos de sua fundação – portanto, ela está completando 50 anos na cidade.

Rosana ingressa na vida político-administrativa em 2007, convidada pelo então prefeito Nilson Leitão para assumir a Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo. Quando sua passagem pelo Executivo municipal encerrou, em 2009, foi para Acrinorte, sendo secretária-geral da Associação, ajudando a promover a Exponop.

Em 2012, é convidada para ser candidata a vice-prefeita, na chapa encabeçada por Juarez Costa. Era uma migração para o outro lado do espectro político que havia atuado até então.

Por 5 vezes ao longo do mandato ela assumiu o posto de prefeita. Rosana construiu seu espaço e crescendo politicamente. Em 2016, acabou tendo seu nome aprovado pelo grupo político e pelo seu antecessor. Lançou sua candidatura a prefeita em uma disputa direta contra dois pioneiros da cidade, ricos e militantes de longa data na política: Roberto Dorner e Dalton Martini. Venceu. Em uma eleição acirrada, com 39% dos votos válidos, Rosana se torna a primeira prefeita da história de Sinop.

Atualmente, além de empresária, Rosana foi eleita suplente de senadora de Wellington Fagundes. Neste momento, assumiu a cadeira no Senado Federal por um período de 4 meses.

ROBERTO DORNER (2021-2024)

O prefeito que vai assoprar as velas do cinquentenário de fundação de Sinop é Roberto Dorner. Ou como é chamado por muitos, o “Homem do Chapéu”. Conhecido pela riqueza que construiu com seus negócios, Dorner tem uma origem e uma trajetória similar a muitos que depositaram sua esperança de vida no Norte de Mato Grosso.

Sua carreira política começou em 2010, quando concorreu a uma das 8 cadeiras de deputado federal. Ficou de suplente de Pedro Henry, que se envolveu no escândalo do Mensalão, sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Antes, Henry se licencia do cargo para assumir a Secretaria de Estado de Saúde, o que permite a Dorner assumir como deputado, exercendo a função até novembro de 2011 e depois em dezembro de 2013, quando Henry teve sua prisão decretada e renunciou ao cargo.

Em 2020, Dorner se aliou a Dalton, que foi seu vice. Rosana desistiu da reeleição e o embate foi polarizado entre o empresário e o ex-prefeito e antigo amigo, Juarez Costa. Melhor para o homem do chapéu. Dorner arrecadou o aval de 32.114 eleitores.

Dorner listou o que acredita ser seus principais feitos enquanto prefeito de Sinop: nova rodoviária, pavimentação de estradas vicinais, como a Nanci, Angela, Adalgiza, Silvana e Brígida, bem como a Avenida Oscar Niemayer, importante obra estruturante para o fluxo urbano.

No topo da prateleira colocou as 4 escolas construídas em tempo recorde de 6 meses, incluindo a escola modelo na região dos Vilas, formada por vários programas habitacionais.

Fonte: DA REPORTAGEM

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