Noticias
Desembargadores são suspeitos de venda de decisões judiciais
02 de Agosto de 2024 as 05h 20min
Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho foram afastados — Foto: ReproduçãoOs desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho foram afastados, nesta quinta (1°), das funções no Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT), por suspeita de envolvimento em vendas de decisões judiciais. A determinação é do Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ).
O Corregedor Nacional, ministro Luis Felipe Salomão, também determinou uma investigação sobre reclamações disciplinares contra os dois, além da quebra de sigilos bancários e fiscal dos investigados e de servidores do TJMT, referente aos últimos cinco anos.
Em nota, a Justiça de Mato Grosso disse que recebeu a decisão e afastou cautelarmente os dois desembargadores. O processo tramita em sigilo.
Em um dos casos investigados, o Conselho descobriu que os dois mantinham uma amizade com o advogado Roberto Zampieri, morto em dezembro do ano passado, e recebiam vantagens financeiras para julgarem recursos de acordo com os interesses do advogado.
A investigação da morte do advogado tramita na 12ª Vara Criminal de Cuiabá e, segundo o Ministério Público de Mato Grosso, pode ter relação com decisões proferidas pela Justiça de Mato Grosso.
Por causa das informações apresentadas pelo MPMT, a Corregedoria Nacional havia determinado, em maio deste ano, o compartilhamento das provas apreendidas pela Polícia Civil, especialmente o conteúdo extraído do celular da vítima e relatórios já produzidos pela Autoridade Policial.
Ainda de acordo com a Corregedoria, além da 'incomum proximidade entre os magistrados com o falecido Roberto Zampieri', as investigações mostram que existe um esquema organizado de venda de decisões judiciais para outros advogados, não somente favoráveis ao Zampieri.
A partir de agora, os desembargadores poderão, se quiserem, apresentar defesa prévia à eventual abertura de Processo Administrativo Disciplinar, no prazo de 15 dias.
CASO ZAMPIERI
O advogado Roberto Zampieri foi morto com 10 tiros dentro do próprio carro em frente ao escritório. Ele foi surpreendido por um homem de boné, que disparou pelo vidro do passageiro, e fugiu em seguida. Segundo a Polícia Militar, o advogado saía do escritório que trabalhava quando o crime aconteceu.
O delegado da Polícia Civil, Nilson Farias, disse que o atirador aguardava o advogado na frente do escritório e que a vítima tinha um veículo blindado há mais de 5 anos.
Conforme as investigações, foi verificado que existe uma demanda de duas fazendas em Paranatinga, avaliadas em cerca de R$ 100 milhões, e que a perda dessas propriedades na Justiça teria levado Aníbal a mandar matar o advogado. Além disso, o mandante desconfiava de uma suposta aproximação de Zampieri com o desembargador do caso.
Fonte: DA REPORTAGEM
Veja Mais
Santos ganha mais de 20 mil sócios e dispara nas redes sociais
Publicado em 05 de Fevereiro de 2025 ás 07h 18min
Boletos já podem ser pagos por Pix
Publicado em 05 de Fevereiro de 2025 ás 06h 18min
Sinop começa 2025 com aumento na quantidade de m² construídos
Publicado em 05 de Fevereiro de 2025 ás 05h 19min