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Diagnóstico precoce e detalhado amplia chances de cura da leucemia
26 de Fevereiro de 2025 as 07h 24min
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A campanha Fevereiro Laranja reforça a importância da conscientização sobre a leucemia e da doação de medula óssea. Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 11.540 novos casos devem ser registrados somente neste ano.
Especialistas alertam para a necessidade de um diagnóstico precoce e completo, que envolva desde exames simples de rotina a testes mais avançados de biologia molecular e genética. Com isso, as chances de sucesso no tratamento aumentam significativamente.
Os avanços da ciência, aliando o conhecimento de profissionais qualificados e tecnologia de ponta, estão tornando as terapias mais personalizadas e eficazes, o que aumenta a taxa de sobrevida dos pacientes.
A hematologista do Sabin Diagnóstico e Saúde, Fernanda Queiroz, explica que não se trata de uma doença única, mas um grupo de condições que afetam a medula óssea. “Existem diferentes tipos dessa doença, como mieloide aguda (LMA), mieloide crônica (LMC), linfóide aguda (LLA) e linfóide crônica (LLC). Cada uma delas tem características próprias, exigindo tratamentos específicos”, afirma a médica. Os sintomas podem variar, porém os mais comuns são fadiga persistente, palidez, tontura, hematomas frequentes, infecções recorrentes e sangramentos anormais.
Geralmente, o diagnóstico começa com exames de sangue, como o hemograma, que pode indicar sinais de anemia (baixa quantidade de hemoglobina), leucopenia ou leucocitose (baixa ou alta quantidade de glóbulos brancos) e queda das plaquetas. “Essas alterações ocorrem porque as células doentes impedem o desenvolvimento normal das células sanguíneas saudáveis na medula óssea”, explica a especialista.
Para confirmar o diagnóstico, é necessária uma avaliação mais detalhada, feita a partir do aspirado de medula óssea, um procedimento realizado com anestesia local. “É rápido, mas essencial para entender o que está acontecendo com o paciente”, pontua. Em alguns casos, pode ser necessária a biópsia, na qual um pequeno fragmento do osso é retirado para análise.
Uma vez coletado o material, diversos exames são realizados. O mielograma permite avaliar a proporção de células doentes e a quantidade de determinadas células em uma área específica da medula óssea, enquanto a imunofenotipagem, realizada por citometria de fluxo, possibilita a identificação detalhada dos marcadores específicos das células leucêmicas, garantindo um diagnóstico mais preciso.
Outros exames essenciais incluem o cariótipo, que analisa alterações estruturais e numéricas nos cromossomos, e o FISH (sigla em inglês para Hibridação in Situ por Fluorescência), que detecta pequenas mutações cromossômicas invisíveis no cariótipo convencional.
Já o NGS (Sequenciamento de Nova Geração) permite o exame de múltiplos genes ao mesmo tempo, identificando mutações específicas que auxiliam na escolha do tratamento mais adequado.
O tratamento varia conforme o tipo da doença e a resposta do paciente. Além da quimioterapia e do transplante de medula óssea, algumas leucemias podem ser tratadas com terapias-alvo, que atacam apenas as células doentes, reduzindo os danos às saudáveis.
O monitoramento da doença residual mensurável (DRM), feito por RT-PCR (Reação em Cadeia da Polimerase com Transcriptase Reversa) ou por citometria de fluxo, acompanha a resposta ao tratamento e permite agir precocemente diante de qualquer sinal de recaída.
Um exemplo disso é a leucemia promielocítica aguda (LPA), que apresenta uma mutação genética específica. Pacientes com essa alteração podem ser tratados com ácido all-trans retinoico (ATRA) e trióxido de arsênio, reduzindo a necessidade de quimioterapia intensiva e melhorando a sobrevida.
Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA
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