Direita mantém hegemonia no cenário político de MT

27 de Maio de 2025 as 07h 51min

O eleitorado de Mato Grosso reforça sua vocação conservadora. Levantamento recente do Instituto Paraná Pesquisas aponta que 47,5% dos eleitores do estado se declaram de direita, percentual quase três vezes maior do que o dos que se identificam com a esquerda (16,4%). Outros 20,3% disseram estar ao centro, enquanto 15,8% não souberam ou não quiseram responder.

A pesquisa foi realizada entre os dias 7 e 11 de maio com 1.540 eleitores de 60 municípios mato-grossenses. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%. O levantamento foi financiado com recursos próprios do instituto, utilizando amostragem estratificada e entrevistas presenciais.

Os dados confirmam um padrão observado nas urnas e na composição da bancada federal eleita em 2022. Dos representantes do estado no Congresso, a ampla maioria pertence a partidos de direita ou alinhados ao bolsonarismo. O senador Wellington Fagundes (PL), reeleito com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, é o nome mais antigo da ala conservadora local.

A Câmara dos Deputados também reflete esse perfil. Nomes como Coronel Fernanda, Amália Barros (substituída após sua morte por Nelson Barbudo) e José Medeiros, todos do PL, compõem o grupo mais identificado com o bolsonarismo. Também estão na bancada federal Fábio Garcia e Coronel Assis, do União Brasil, ambos com posições de direita e aproximação ideológica com o ex-presidente.

A pesquisa mostra ainda o peso político de Bolsonaro em Mato Grosso. Para 66,9% dos entrevistados, um apoio do ex-presidente a um candidato ao governo ou ao Senado seria decisivo ou, ao menos, bem recebido. Em contrapartida, 60,4% afirmaram que jamais votariam em um nome indicado pelo presidente Lula.

Fonte: DA REPORTAGEM